Palestra aborda o portador do HIV no mercado de trabalho
Maceió, 09/06/2006 - "Existe um pensamento de que todo aquele que é portador do HIV é promíscuo. Eu contraí o vírus com meu companheiro, com a pessoa que amo". Com esta afirmação, Terezinha Vilela Duarte, representante de Alagoas no Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas, trouxe para a reunião mensal dos auditores-fiscais do trabalho da Delegacia Regional do Trabalho em Alagoas (DRT/AL), nesta segunda-feira (04), uma discussão aberta sobre a situação das mulheres portadoras do vírus da Aids, enfatizando a situação do soropositivo no mercado de trabalho.
A palestra foi mais uma das ações do Núcleo de Combate às Desigualdades de Oportunidades no Trabalho (NCDOT), da DRT/AL, que promove uma série de palestras abordando os temas relacionados à discriminação no ambiente de trabalho. Na oportunidade, a palestrante pôde mostrar seu trabalho junto aos membros do movimento ao qual faz parte. Tomando a si própria como exemplo, pois Terezinha Vilela é portadora do HIV e, já com seus 70 anos, leva uma vida normal e saudável, dissertou sobre a luta constante para acabar com o preconceito no ambiente de trabalho, mostrando a tensão em que vivem os soropositivos que escondem a doença com medo de serem vítimas de preconceito.
A convidada tratou o tema de forma clara, buscando acabar com certos mitos em torno do assunto, e mostrou que os portadores do vírus devem, primeiro, não ter preconceito consigo mesmo para que possam saber lidar com a doença sem ter que aceitar situações preconceituosas e também sem se sentirem na obrigação de esconder que possuem o vírus. "O preconceito existe graças à forma como o vírus apareceu e está ligado a coisas consideradas proibidas, como o homossexualismo. Deve-se entender, no entanto, que todos estão sujeitos a contrair a doença, mesmo com seus companheiros", esclareceu Terezinha Vilela.
Fonte: DRT/AL
Márcia dos Anjos
Assessoria de Gabinete da DRT/AL
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