Grupo Móvel liberta 157 trabalhadores na cidade baiana de Barreiras
27/04/2006 - O Grupo Especial Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em conjunto com o Grupo de Combate ao Trabalho Escravo da Delegacia Regional de Trabalho da Bahia (DRT/BA) e a Polícia Militar, libertaram 157 trabalhadores em situação análoga à escravidão.
Os trabalhadores foram encontrados nas fazendas Planalto e Novo Horizonte, de cultivo de algodão, na cidade de Barreiras, região Oeste do estado.
Na fazenda Planalto, 80 trabalhadores estavam alojados em um galpão de armazenamento de produtos químicos. As condições de higiene eram precárias e, o fornecimento de água, insuficiente. O refeitório dos trabalhadores também servia de alojamento.
Também na Novo Horizonte, as condições de trabalho eram precárias. Os 77 trabalhadores eram alojados em barracos de alvenaria, com teto sem forro, e abrigava 40 trabalhadores em cômodos de aproximadamente 15 metros quadrados. Ao lado do local havia uma fossa séptica que transbordava a céu aberto.
Na cozinha, eram reaproveitadas embalagens de veneno, inclusive para conservação de mantimentos.
Os salários estavam atrasados há dois meses e os trabalhadores eram submetidos a uma jornada de 11 horas de trabalho, sem terem sido submetidos a exames médicos prévios.
A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), obrigatórios por lei, e de material para a prestação de primeiros socorros, foram outras irregularidades encontradas. Alguns trabalhadores queixavam-se de sintomas que podem ser associados à contaminação por agrotóxicos.
Todas as irregularidades encontradas nas fazendas resultaram em 22 autos lavrados. Depois da ação dos grupos de fiscalização do MTE, todos os trabalhadores foram libertados e cerca de R$ 330 mil foram pagos em indenizações.
Jornalista responsável - Eugênio Afonso
Estagiária - Tiara Rubim
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