01/11/2006 - II Conferência Interparticipativa de Açailândia discute alternativas para a erradicação do trabalho escravo no Brasil

II Conferência Interparticipativa de Açailândia discute alternativas para a erradicação do trabalho escravo no Brasil

Evento conta com participações importantes, como Plínio de Arruda Sampaio; pesquisadores e principais entidades que lutam pelos direitos humanos

O Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH) de Açailândia (MA), em parceria com o Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo no Maranhão (FOREM) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) realizam a II Conferência Interparticipativa sobre Trabalho Escravo e Super-exploração em Fazendas e Carvoarias. O evento será realizado entre os dias 16 e 18 de novembro, no auditório da Câmara Municipal de Açailândia (MA).

Os três dias de programação contarão com presenças importantes da esfera governamental e não-governamental, além de pesquisadores e debatedores do tema. Na abertura, o professor Plínio de Arruda Sampaio fará uma palestra sobre a relação entre situação do campo, políticas de Estado, modelo de desenvolvimento e persistência da escravidão. Também serão debatidas novas propostas para avançar a luta pela erradicação do trabalho escravo no Brasil. Para isso, serão organizados grupos de trabalho que discutirão experiências inovadoras a serem ampliadas a partir da socialização de propostas de prevenção.

Durante o primeiro dia (16), farão parte das discussões na parte da manhã, o Professor Plínio de Arruda Sampaio, o Prof. Maurílio Monteiro e o jornalista Leonardo Sakamoto, da ONG Repórter Brasil. Pela tarde, sob a coordenação do Frei Xavier Plassat, da CPT, será construído um mural do diagnóstico dos resultados do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2003, pelo governo Lula.

No segundo dia (17), participarão os representantes governamentais na luta contra o trabalho escravo: Marcelo Campos, coordenador nacional da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luís Camargo, do Ministério Público do Trabalho e Adriana Mandarino, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). E no segundo, será exposto o painel com o trabalho realizado pela CPT, com Ana Sousa Pinto, e pelo pesquisador Marcelo Carneiro, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). À tarde, os grupos se reunirão novamente e, numa plenária de socialização, será construído um mural das propostas de prevenção, sob a coordenação da jornalista Flávia Moura, do FOREM.

No último dia (18), as discussões serão em torno do novo pacto contra o trabalho escravo e das demandas da sociedade aos poderes públicos. Pela manhã, falarão os professores Marcelo Carneiro (UFMA), Aluízo Leal (UFPA) e Ariovaldo Umbelino (USP), além de Ubirajara do Pindaré, presidente do Instituto Trabalho Vivo e coordenador-executivo do FOREM.

Ao final, o professor Milton Teixeira, do CDVDH, conduzirá a construção do mural das demandas da sociedade e as entidades que quiserem se manifestar terão espaço. Logo após, o evento contará com um ato institucional comemorativo ao décimo aniversário do CDVDH e, para encerrar, às 19h30, um ato público de adesão à "Carta de Açailândia", seguido de festa popular, apresentações, recitais, cantoria e dança.

MAIS INFORMAÇÕES: Flávia Moura - FOREM - (98) 3213-1957/9112-9358.