Os trabalhadores dependiam de autorização dos supervisores para deixarem a fazenda. Quando autorizados, tinham que pagar R$ 35,00 a título de despesa com transporte
Manaus, 26/05/2008 - Na última quarta-feira, (21), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM) resgatou 24 pessoas trabalhando em condições precárias no município de Presidente Figueiredo, a 350km de Manaus. Os homens eram empregados de empresas de serviços terceirizados.
Os trabalhadores estavam confinados na Vila há 90 dias sem direito a folga. Conforme relatos dos trabalhadores resgatados, a saída deles do local dependia da autorização quase sempre negada pelos supervisores. Quando estes liberavam a saída de alguém cobravam (R$ 35), alegando despesas com transporte.
De acordo com o superintendente regional, Dermilson Chagas, as empresas reconheceram a arbitrariedade e pediram um prazo até a próxima quarta- feira, dia 28, para levantarem fundos e apresentarem o valor das rescisões contratuais de cada trabalhador. "Não estamos caracterizando como trabalho escravo. Só que nenhuma empresa pode impedir o direito de ir e vir de qualquer trabalhador", esclareceu Chagas.
Os auditores decidiram que, até que todo o pagamento seja concluído, os operários que não possuírem familiares em Manaus, ficarão hospedados em hotel com todas as despesas pagas pelas empresas. O superintendente ressaltou que as investigações nas empresas autuadas continuarão apesar do compromisso das mesmas em regularizar a situação dos trabalhadores.
Na última sexta feira (23), os trabalhadores compareceram à SRTE/AM para apresentar os documentos e requerer os direitos trabalhistas.
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