Intermediário cobrou R$ 200 pelo transporte de cada pessoa e carteiras de trabalho não estavam assinadas
Brasília, 25/03/2008 - Uma ação conjunta da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás e da Polícia Rodoviária Federal do estado do Tocantins interceptou o transporte irregular de 86 trabalhadores realizado pela empresa Destilaria Generalco S.A.. A empresa, sediada no município de General Salgado (SP), tem como principal atividade a produção de álcool e recrutava trabalhadores do Maranhão.
A diligência fiscal teve início no sábado (22) e seguiu pela madrugada do domingo, no município goiano de Vianópolis (sul do estado, a 78 quilômetros da capital). Segundo informações da Auditora Fiscal do Trabalho, Jacqueline Ramos Carrijo, todos os trabalhadores portavam carteira de trabalho, no entanto, as CTPS não estavam assinadas para o emprego atual.
"Eles também não tinham certidão liberatória do Ministério do Trabalho no estado de origem para o emprego em outra localidade", destacou a auditora. Segundo Jacqueline, a maioria dos trabalhadores já tinha sido contratada pela mesma empresa em épocas anteriores. À fiscalização, os trabalhadores revelaram que cada um deles pagou R$ 200 pela passagem a um intermediador da empresa. "A empresa deveria fazer o transporte sem ônus para o trabalhador", informa a auditora.
Os trabalhadores continuaram seu trajeto para São Paulo, mas a empresa será autuada pela falta de registro trabalhista e pelo descumprimento da Instrução Normativa 65, que trata do transporte de trabalhadores.
Com informações da SRTE/GO
Assessoria de Imprensa do MTE