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Assinado acordo de garantia de empregos no segmento de carros usados  

Ministro Carlos Lupi e representantes da Federação dos Sindicatos dos Revendedores de Automóveis lançam oficialmente linha de crédito aprovada pelo Codefat

Brasília, 03/03/2009 - Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Federação dos Sindicatos dos Revendedores de Automóveis (Fenauto) celebraram nesta terça-feira, em Brasilia, acordo de compromisso inédito para  manutenção e implementação de postos de trabalho no segmento de seminovos.

A medida visa amenizar os efeitos da crise financeira do mercado internacional no Brasil, preservando postos de trabalho. "O que mantém o aquecimento da economia é o trabalhador. Nosso objetivo, com esse ato, é mostrar ao Brasil que o principal instrumento para sair de uma crise, que não foi gerada por nós, é o diálogo. O trabalhador hoje é o foco do governo Lula", destacou o ministro Carlos Lupi ao assinar o acordo.

Lupi fez questão de mencionar que a assinatura "tem um grande simbolismo" por se tratar do primeiro ato formal de acordo tripartite (trabalhadores, empregadores, governo) depois da crise. "O diálogo tripartite pode dar bons frutos quando as partes querem crescer e gerar empregos."

O acordo de compromisso foi assinado durante a oficialização da linha de crédito para empresas de comércio e varejo de carros usados, e visa dar cumprimento ao estabelecido na Resolução nº 588, de 11 de fevereiro de 2009, do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Pela Resolução, as empresas beneficiárias dos financiamento deverão se comprometer a manter postos de trabalho e criar condições para novas oportunidades.

"Pela primeira vez o Governo olhou o nosso setor e estamos sendo atendidos. Esperamos que o próximo passo seja a redução de juros para o consumidor final para que o setor volte a financiar", disse o presidente da Fenauto, Ilídio Gonçalves.

Crédito de giro - A linha de crédito para o segmento de seminovos foi  aprovada na última reunião do Codefat (11 de fevereiro). Ela vai financiar capital de giro para as empresas de comércio a varejo de carros usados e conta com R$ 400 milhões, sendo R$ 200 milhões via Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e R$ 200 milhões provenientes do Banco do Brasil (BB).

Pequenas e médias empresas do setor terão acesso aos recursos, com teto financiável de R$ 200 mil por empresa, prazo de financiamento de 24 meses e taxa de juros anual de 11,206%+TJLP. Ficam excluidas do refinanciamento as empresas inadimplentes com qualquer órgão da administração pública federal direta, autárquicas ou fundacionais.

A medida tem como contrapartida a garantia de empregos com expectativas de abertura de novos postos. No setor se seminovos, estima-se que cerca de 600 mil empregos diretos e indiretos deverão ser preservados.

Participaram do evento representantes de centrais sindicais, a Federação do Sindicato dos Revendedores de Automóveis (Fenauto), representante do Banco do Brasil, o Deputado Dagoberto, e representantes de trabalhadores do setor.

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