Brasília, DF, 20/02/2015 – Os auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluíram esta tarde os trabalhos de campo sobre o acidente registrado no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, no último dia 11 de fevereiro. Foi elaborada uma lista de exigências para que, após os reparos e o término das operações de resgate, a embarcação volte a operar normalmente. O navio pertence a BW Offshore e foi afretado pela Petrobras para operar na extração de gás natural no litoral do Espirito Santo.
Entre os itens elencados para que a plataforma possa voltar a operar estão a necessidade de melhorias em sistemas elétricos em espaços confinados; utilização de vasos e caldeiras para a extração de gás e a criação de medidas preventivas para o controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões. Além disso, será necessário implantar um novo sistema de combate a incêndio com o devido plano de emergência, rotas de fuga e procedimentos operacionais. A maior parte dessas estruturas só poderão ser implantadas mediante docagem da embarcação.
Depois que os reparos estiverem concluídos, uma nova vistoria deve ser realizada. Um termo de notificação foi expedido pela equipe de auditores, informando a BW Offshore sobre todas as não conformidades de segurança do trabalho encontradas no pós acidente e sobre a impossibilidade de operação antes que todos eles sejam corrigidos. “Os trabalhos de busca e recuperação da plataforma podem continuar, desde que preservada a integridade física dos trabalhadores envolvidos nestas atividades. O que está impedido, até que seja comprovada a regularização, é a operação de extração de gás”, destacou o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, da Secretaria Nacional de Inspeção do Trabalho do MTE, Rinaldo Marinho.
Os trabalhos no navio foram iniciados dois dias depois do acidente. Uma equipe de sete auditores fiscais do trabalho, lotados na Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Espírito Santo (SRTE/ES), foi responsável pelo levantamento, in loco, em todas as áreas do navio. Além de visitar os pontos atingidos pela explosão, os auditores entrevistaram os trabalhadores que estavam embarcados e fizeram imagens que podem ajudar a compreender o acidente.
Assessoria de Comunicação Social/MTE
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