Indústria de Transformação apresentou saldo positivo de 2.001 postos em junho de 2009, consolidando o terceiro mês seguido de expansão do emprego no setor
Foto: Renato Alves
ANÚNCIO CAGED
Entre todos os países do G-20, o Brasil é o único com saldo positivo de empregos. O poder de compra, alavancado com o bom crescimento do salário médio dos brasileiros ao longo dos últimos anos, é que está promovendo a continuação da produção, que movimenta a economia"
Brasília, 16/07/2009 - Com a abertura de 119.495 empregos formais celetistas em junho, o Brasil fecha o primeiro semestre de 2009 com saldo positivo de 299.506 novos postos de trabalho gerados. Esse resultado constitui o quinto mês consecutivo de expansão e o segundo melhor saldo mensal do ano, ligeiramente menor que o ocorrido em maio de 2009 (131.557 postos), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados hoje pelo ministro Carlos Lupi. O número de admissões em junho foi de 1.356.349 e o de desligamentos foi de 1.236.854.
Entre janeiro de 2003 a junho de 2009 foram gerados 8.020.478 postos de trabalho com carteira assinada. O estoque de trabalhadores formais no país é de 32.292.808.
"Entre todos os países do G-20, o Brasil é o único com saldo positivo de empregos. O poder de compra, alavancado com o bom crescimento do salário médio dos brasileiros ao longo dos últimos anos, é que está promovendo a continuação da produção, que movimenta a economia", destacou Lupi.
Historicamente, os dados do Caged mostram redução no ritmo de crescimento do emprego no mês de junho, comparativamente aos resultados obtidos no mês maio. Esta habitual desaceleração ocorre porque, normalmente, os picos de criação de postos de trabalho se manifestam nos meses de maio e abril.
O crescimento percentual em junho é de 0,37% em relação ao estoque anterior, enquanto o crescimento no semestre é de 0,94% em relação a dezembro de 2008. Nos últimos 12 meses, o emprego formal elevou-se em 1,22%, como resultado da criação de 390.322 novos empregos.
"Posso afirmar que todos os indicativos avaliados apontam para o crescimento de todos os setores no segundo semestre, quando teremos uma retomada mais intensa do número de contratações. E, assim, alcançaremos mais de um milhão de novos postos de trabalho até o fim deste ano", afirmou o ministro Carlos Lupi.
Setores - A elevação do emprego em junho de 2009 é resultado do desempenho positivo de quase todos os setores de atividade econômica. Em termos absolutos, os setores que mais contribuíram para o resultado verificado foram a Agricultura, com 57.169 postos de trabalho (+3,51%), Serviços (22.877), a Construção Civil (18.321) e o Comércio (17.522). A Indústria de Transformação apresentou saldo positivo de 2.001 postos, consolidando o terceiro mês seguido de expansão do emprego no setor. A exceção é o Extrativo Mineral, com saldo de 26 postos de trabalho fechados, dado que aponta estabilização no setor.
"A Indústria é a que mais demora a se recuperar em um período de crise. O grande desafio para o segundo semestre é a recuperação da Indústria da Transformação. Os incentivos oferecidos pelo governo, como a redução do IPI para setores de automóveis e linhas branca, estão movimentando o mercado e zerando os estoques e exigindo a retomada da produção. A partir de julho a Indústria vai se recuperar. Digo isso porque já assistimos o setor automobilístico com estoque zerado, o setor de minério exportando mais e o setor metalúrgico voltando a contratar. Esses são os principais sinais da recuperação deste setor", disse Lupi.
Estados e regiões - Em números absolutos, os estados que mais geraram empregos foram Minas Gerais (45.596), São Paulo (27.602), Pernambuco (9.790), Goiás (7.348) e Bahia (6.119). As maiores perdas ocorreram no Espírito Santo (-6.651), Distrito Federal (-3.551) e Rio Grande do Sul (-1.394). Pernambuco, Goiás e Ceará (5.752) registraram seus segundos maiores saldos para o mês de junho.
Em termos geográficos, os dados mostram expansão do emprego em todas as regiões. No Sudeste foram gerados 72.002 postos (+0,40%), no Nordeste 25.070 (+0,53%), no Centro-Oeste 11.187 (+0,47%), no Sul 5.691 (+0,10%) e no Norte 5.545 (+0,43%). Vinte e um estados evidenciaram aumento do emprego, com destaque para Rondônia 2.972 postos, que apresentou resultado recorde para o período, segundo a série do Caged.
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