'Tripartismo e Igualdade de Oportunidades no Cone Sul e na América Central' tem contribuição brasileira nos debates sobre gênero e mercado de trabalho
Foto: Divulgação / MTE
Representantes do MTE em congresso sobre igualdade de oportunidades
Brasília, 20/08/2009 - A Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidades de Gênero, de Raça e Etnia participou na última semana (10 a 14) do Congresso Tripartismo e Igualdade de Oportunidades no Cone Sul e na América Central, em Assunção, no Paraguai. O evento, que teve como objetivo discutir mecanismos de inclusão social e valorização da mulher, contou com a pasta do Trabalho e Emprego do Brasil nas discussões laborais.
"Nós somos a única comissão do mundo que apresenta enfoque em gênero, raça e etnia e essa, talvez, tenha sido a maior contribuição que passamos aos outros países. Isso porque somos uma nação consciente e sabemos que a mulher já enfrenta dificuldades dentro do mercado de trabalho; mas a negra ou a índia enfrentam esse preconceito em dobro. Englobamos esse foco nos nossos trabalhos e tentamos sensibilizar os outros países nesta questão como forma de mostrar que, com esse mecanismo, seremos capazes de dar dignidade e representatividade a essas mulheres", lembrou o presidente da comissão, Sérgio Sepulveda.
Além de apresentar sugestões aos congressistas, o grupo brasileiro também colheu boas ideias apresentadas no evento. Entre elas está a de criar comissões tripartites estaduais para que as ações cheguem mais facilmente ao público alvo.
"Algo muito interessante que acontece na Argentina é que a comissão deles tem um departamento específico dentro do ministério, além de comissões tripartites regionais. A nossa, por enquanto, é só nacional e não dispõe de uma estrutura física. A ideia de ramificações para os estados também mereceu nossa atenção", destacou Sepulveda.
Outro assunto abordado na capital paraguaia foi a ratificação dos países membros à Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho, que trata sobre trabalho e família. Essa convenção diz mais respeito à mulher, mas não só a ela.
"Por exemplo, se o filho estiver doente ou então houver uma reunião escolar em momento conflitante com o horário de trabalho, caso o profissional saia para atender a essas demandas, isso será computado na carga de trabalho dele. Já com a Convenção ratificada será possível uma adaptação de horários, e não uma redução da jornada", exmplifica o presidente da comissão. "O que os empregadores têm que entender é que não adianta ter um funcionário presente 8h ininterruptas, que ao invés de estar concentrado no trabalho, está aflito pensando no filho doente", pondera.
O Congresso Tripartismo e Igualdade de Oportunidades no Cone Sul e na América Central é um campo de fomento para políticas públicas. Por meio de debates e apresentações, os países membros (Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai) buscam ideias e experiências bem sucedidas internacionalmente para serem aplicadas internamente.
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