CAGED: Agricultura mantém crescimento
Com a criação de 9.746 postos, Minas Gerais foi o estado que mais gerou empregos em junho
Brasília, 16/07/2015 – Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta sexta-feira (16), mostraram que em termos setoriais, os dados revelam que dos oito setores de atividade econômica, apenas a Agricultura, por motivos sazonais, evidenciou desempenho positivo (+ 44.650 postos ou 2,83%). Note-se que esse resultado foi superior ao registrado em maio último (+28.362 postos) e junho do ano anterior (+40.818 postos).
Nesse panorama o setor agrícola, com um acumulado anual de 83.447 postos formais, impulsionou os efeitos na região Centro-Oeste, que apontou para um saldo positivo de 3.508 vagas no mês e de 33.178 no ano. Além de Minas Gerais, com 9.746 postos acumulados no mês, os estados com índices positivos foram Mato Grosso (3.602), Maranhão (2001), Goiás (1.863), Ceará (1.222) e Acre (95), tendo as maiores perdas registradas em São Paulo (-52.286), Rio Grande do Sul (-14.013), Paraná (8.893) e Santa Catarina (-7.921).
Entre as Unidades da Federação, duas delas elevaram o nível de emprego formal, em razão de atividades relacionadas à Agropecuária; Mato Grosso (+3.602 postos ou +0,54%), desempenho ligada à Agricultura; Maranhão (+2.001 postos ou +0,42%). A elevação do emprego na Agricultura (+44.650 postos de trabalho ou +2,83%), decorrente, em parte, da presença de fatores sazonais, foi proveniente principalmente do desempenho positivo das atividades ligadas ao Cultivo de Café (+20.930 postos), às Atividades de apoio à Agricultura (+7.119 postos), às de Cultivo de Laranja (+4.371 postos).
Com uma variação negativa de 0,27% em relação ao estoque do mês anterior, que acumula 40.860 milhões de vagas, o Caged indicou uma redução de 111.199 postos de trabalho no Brasil. Esse resultado foi menor que o declínio ocorrido em maio, quando foram suprimidas 115.599 vagas de empregos formais. As maiores perdas de vagas foram registradas em São Paulo (-52.286), Rio Grande do Sul (-14.013), Paraná (8.893) e Santa Catarina (-7.921).
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, é preciso manter o otimismo quanto à recuperação da economia e dos postos de trabalho neste segundo semestre. “Apesar de ser mais um mês negativo, já podemos notar uma redução no ritmo das demissões. Isso será potencializado com a entrada do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), com a consolidação das medidas do ajuste fiscal e de investimentos com os previstos no Programa de Investimento em Logística (PIL), além do FGTS, que vai continuar financiamento setores fundamentais como o da Construção Civil”, afirmou.
Serviços – o setor de serviços apresentou elevação no número de postos em dois ramos, Serviços Médicos e Odontológicos e Instituições Financeiras. Houve desempenho negativo em quatro outros ramos, Comércio e Administração de Imóveis, Ensino – por motivo sazonal relacionado ao ciclo escolar –, Serviços de Transportes e Comunicações. Ao todo, foram 39.130 vagas a menos.
Indústria – Na Indústria de Transformação, a retração ocorreu em todos os ramos, porém foi mais significativa na Indústria Metalúrgica (-9.027 postos), Indústria Mecânica (-8.841), Indústria de Material de Transporte (- 8.822) e Indústria Têxtil (-8.386).
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