Ministro vê motivos para manter otimismo na geração de empregos no País. Balanço será publicado na internet às 15 horas
Brasília, 27/2/2105 - Depois de oito meses perdendo vagas, a indústria de transformação voltou a contratar no mês de janeiro, acrescentando ao mercado 27.417 postos de trabalho. Entre os destaques estão a indústria calçadista, com 7554 novos empregos, mecânica, com
O relatório, segundo o ministro Manoel Dias, mostra que há motivos para manter o otimismo com relação à geração de empregos no País em 2015. “As políticas que temos desenvolvido, na área social, com programas como o Minha Casa Minha Vida, como o Bolsa Família, elas não serão interrompidas. Os investimentos em infraestrutura não serão interrompidos e muitos dos investimentos previstos por empresas privadas não serão interrompidos. Isso vai continuar ajudando o País e gerando empregos”, argumentou. Dias lembrou que, além disso, os ajustes que estão sendo feitos nas contas públicas, também terão impacto positivo no País. “Tenho que lembrar que o mundo não superou a crise iniciada em 2008. A OIT fala que ainda serão necessárias 100 milhões de vagas para que o mundo volte a ter o mesmo número de empregados de antes da crise”, complementou.
No geral, em janeiro, no Brasil, houve redução no número de vagas, mas em boa parte dos setores, há questões sazonais que explicam a situação. O País registrou no período 1.600.094 admissões e 1681.868 desligamentos. O saldo ficou negativo em 81774 postos de trabalho. “Os setores que tradicionalmente fazem demissões nesse período, por questões como o fim do período de férias, foram os que mais perderam vagas”, explicou dias.
O recuo do emprego no Comércio, por exemplo, originou-se da redução no Comércio Varejista (-97.887 postos de trabalho ou - 1,25%) e da relativa estabilidade no Comércio Atacadista (+ 87postos de trabalho ou + 0,01%). Na área de serviços, houve perdas no setor de alimentação (bares, hotéis e restaurantes) e no de hospedagem. No geral, a queda do emprego no setor Serviços foi de 7.141 postos ou -0,04%. Houve diminuição de postos de trabalho em dois dos seis segmentos, que o integram : Serviços de Transportes e Comunicações ( -9.995 postos ou -0,43%) e Serviços de Alojamento e Alimentação (- 7.270 postos ou - 0,12%). A área de Serviços Médicos e Odontológicos teve desempenho positivo ( +3.992 postos ou +0,21%), juntamente com a de Serviços de Comércio e Administração de Imóveis ( +2.959 postos ou +0,06%), Ensino ( + 2.038 postos ou +0,13%) e Instituições Financeiras (+1.135 postos ou + 0,17%).
Agricultura com desempenho positivo - A agricultura teve resultado positivo e também apresentou melhora em relação aos últimos cinco meses. Foram + 9.428 postos ou + 0,61%. O desempenho também foi melhor que o registrado em 2014 e 2013: + 3.745 postos ou + 0,24% e janeiro de 2013 -622 postos.
No recorte geográfico duas regiões expandiram o nível de emprego: Sul: +29.688 postos ou +0,40%, em função da elevação nos três estados e Centro-Oeste: +1.208 postos ou + 0,04%, devido ao aumento do emprego no Mato Grosso (+6.316 postos ou +0,95%), cujo saldo superou a queda ocorrida nas demais Unidades da Federação da região. As Regiões com desempenhos negativos foram: Sudeste: - 69.911 postos ou -0,32%, redução, principalmente atribuída ao desempenho negativo do Rio de Janeiro (- 40.658 postos); Região Nordeste: -32.011 postos ou -0,47%, devido à presença de fatores sazonais, com todas as nove UFs, que compõem a região apresentando redução no nível de emprego e Região Norte: - 10.748 postos ou -0,55%.
Entre as Unidades da Federação, apenas quatro delas elevaram o nível de emprego: Santa Catarina: +114.637 postos ou +0,72%; Rio Grande do Sul +8.338 postos ou + 0,31%; Paraná: +6.713 postos ou +0,25% e Mato Grosso: + 6.316 postos ou +0.95%. A maior redução no emprego ocorreu no estado do Rio de Janeiro (-40.658 postos ou -1,04%), devido particularmente à queda expressiva do setor Comércio e Serviços.
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