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Callcenter em Minas Gerais empregava 600 trabalhadores sem registro em carteira

Operação em Uberlândia flagrou a irregularidade e auditores também verificaram o cumprimento das normas de saúde e segurança dos profissionais

Belo Horizonte, 16 /12/2008 - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) encontrou mais de 600 trabalhadores sem registro em carteira numa empresa de Callcenter no município de Uberlândia,  região do Triângulo Mineiro. A operação aconteceu entre os dias 8 e 12 de dezembro e tinha por objetivo regularizar a situação dos trabalhadores e fazer cumprir a legislação e as normas de proteção ao trabalho.

Segundo a auditora fiscal e coordenadora da ação fiscal, Lailah Vilela, o foco da operação foi verificar se o novo anexo da Norma Regulamentadora 17, que trata da ergonomia no ambiente do trabalho, estava sendo cumprido.

"Durante as inspeções foram verificadas a adequação do mobiliário e fatores relacionados à organização do trabalho, ou seja, ritmo, uso de script, pressões para alcançar metas, possibilidade de utilizar sanitários a qualquer momento, dentre outros que podem causar adoecimento, como problemas músculo-esqueléticos, problemas da voz e estresse", explica Vilela.

No quesito segurança e saúde dos trabalhadores foi verificado a obediência às demais Normas Regulamentadoras aplicáveis, como adequação das condições de conforto, alimentação, segurança relativa a incêndios, programas de prevenção de riscos e de controle de saúde, gestão em saúde e segurança e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes  (CIPA).

Após a ação fiscal foram expedidos 106 autos de infração e registrados mais de 600 empregos diretos, com anotações dos vínculos empregatícios nas carteiras de trabalho - a maioria deles em seu primeiro emprego. Segundo a coordenação da ação,  a maior parte dos trabalhadores ficava dias ou até mesmo mais de um mês sem ser registrado, fazendo treinamento.  Oitenta e nove temporários foram encontrados em situação ilegal.

Segundo o superintendente Regional do Trabalho em Emprego em Minas, Alysson Alves, a ação fiscal em empresas desta atividade seguirá de forma atuante pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com o acompanhamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) visando diminuir os problemas relacionados especialmente à atividade de Callcenter no Estado de Minas Gerais.

Participaram da operação dez auditores fiscais, lotados nas Gerências do Trabalho e Emprego de Uberlândia, Betim, Patos de Minas e da sede em BH.  

 

Assessoria de Imprensa da SRTE/MG






 



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