Ministro reuniu-se esta quinta-feira com a direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
São Paulo, 23/01/09 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, propôs nesta quinta-feira (22) que o Governo exija garantia de emprego dos setores beneficiados com futuras isenções fiscais, a exemplo do que será feito com os financiamentos públicos. Segundo o ministro, o aumento do salário-mínimo e a garantia do emprego são pontos chave para manter a renda e fortalecer o mercado interno diante da crise financeira.
"A garantia do emprego é a garantia do consumo. Se não houver garantia de emprego, qual é então o sentido de oferecer isenções de impostos que sustentam serviços à população?", indagou o ministro, que voltou a pedir tranquilidade aos empresários. "Mesmo com a crise o comércio teve um bom Natal e as vendas de carros neste mês estão pouco abaixo do recorde de janeiro do ano passado. Insisto, portanto, que é prematuro falarmos em demissões. O momento é de acreditar no país".
Após reunião com a direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde debateu propostas para conter os efeitos sociais da crise, o ministro também frisou que o Governo está atento para que a suspensão temporária dos contratos de trabalho não seja usada de forma generalizada. "Esse é um mecanismo de exceção e a lei exige que as empresas ofereçam cursos de qualificação enquanto durar a suspensão", explicou.
O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, elogiou o posicionamento do ministro e afirmou que também considera negativas as propostas de redução da jornada e dos salários. "O que precisamos é de medidas criativas, de uma agenda positiva. Os estados e municípios poderiam seguir o exemplo do Governo Federal e contribuir para aquecer o mercado interno através de isenções fiscais", sugeriu.
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