Fórum realizado em Buenos Aires reuniu os ministros do Trabalho de Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, além de acadêmicos, parlamentares e sindicalistas
Brasília, 07/07/2008 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, participou no último dia 4 de julho, em Buenos Aires - Argentina, de debate sobre políticas laborais no Cone Sul promovido pela fundação Friedrich Ebert. Com o tema "Políticas de emprego no pós-neoliberalismo - Experiências no Cone Sul", o evento contou com a presença dos ministros do Trabalho de Argentina, Chile e Uruguai, além de acadêmicos, parlamentares e sindicalistas. O chefe da Assessoria Internacional do MTE, Pedro Amaral, acompanhou o ministro.
Durante o fórum, foi feito um balanço das políticas adotadas pelos governos da região e um levantamento da agenda pendente, além de uma avaliação dos avanços obtidos no âmbito laboral. O ministro do Trabalho da Argentina, Carlos Tomada, afirmou a importância dos países questionarem se os sistemas de relações de trabalho excluem ou incluem os cidadãos, e se concentram ou distribuem a renda.
Para o ministro Lupi, a América Latina está proporcionando "uma oportunidade inédita aos governos de esquerda, que não deve ser desperdiçada". Lupi entende ser preciso articular propostas concretas em nível regional, integrando políticas sociais e políticas econômicas, para que se possa sair do discurso e mudar as sociedades. O ministro lembrou, ainda, o desafio que a região tem pela frente em situação estrategicamente privilegiada, num contexto de elevação global dos preços dos alimentos, trazendo para o debate questões de como enfrentar as manipulações, intrigas e desinformação promovidas pelo grande capital através de seus meios de comunicação.
Conclusão - Sobre as relações laborais, os participantes chegaram à conclusão de que os governos progressistas da região têm em comum os objetivos do fortalecimento da negociação coletiva; da inspeção do trabalho integrada (as ações realizadas pelo Brasil foram consideradas exemplares); da redução da informalidade com incremento da qualificação; do combate ao trabalho infantil e a todo tipo de trabalho degradante; a luta contra a desigualdade de renda e o desafio do emprego jovem, levando em conta que o primeiro emprego tem sido, na prática, muitas vezes um espaço livre para a exploração do trabalhador.
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