Cataforte gera renda para catadores
Projeto coordenado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária promove ações de formação e assessoria técnica para o setor de reciclagem dos resíduos sólidos
Brasília, 13/09/2012 – O Cataforte, um programa desenvolvido pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) e a Fundação Banco do Brasil promove ação de formação e assessoria técnica para o setor de reciclagem dos resíduos sólidos e já beneficiou mais de 12 mil catadores de materiais recicláveis. O projeto teve início em 2007 visando o fortalecimento das organizações sociais e produtivas, das suas formas de autogestão e dos empreendimentos econômicos solidários. No total, estão sendo investidos mais de 23 milhões de reais oriundos do Orçamento Geral da União.
O Cataforte é ligado ao programa Brasil Sem Miséria e está instalado em 20 estados brasileiros, totalizando 386 empreendimentos econômicos solidários. O programa contrata, por meio de convênio, entidades estaduais ligadas à reciclagem e segundo dados da Senaes 52% destes empreendimentos são constituídos por grupos informais, 28,4% deles apresentam a forma associativa e 16,8% já alcançaram a forma cooperativada. As mulheres representam 59% dos associados ou cooperativados.
Com o sucesso do Cataforte a Senaes, em parceria com a Fundação Petrobrás, iniciou no final de 2010 o Projeto Cataforte II, que buscou dar seguimento às ações estimuladas por meio do Cataforte I, traduzidas por investimentos na estruturação logística das redes de comercialização, com ênfase na aquisição de veículos para a realização de coleta, transporte e comercialização de materiais recicláveis, além de capacitações em logística para lideranças e para catadores das cooperativas integrantes das redes e assistência técnica para a elaboração de planos de logística executáveis para essas redes.
Brasil sem Miséria - No âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, a Senaes vem investindo, em parceira com o Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome desde o ano passado, mais 39 milhões de reais em ações de fomento para a organização e o desenvolvimento de cooperativas atuantes com resíduos sólidos com a finalidade de inclusão socioeconômica de catadores na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Até2014, a intenção é investir mais R$ 140 milhões no setor.
Para o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, a grande maioria de catadores e catadoras de materiais recicláveis ainda atua de forma individualizada e precarizada. “Em grande parte, os catadores são pessoas que se encontram em situação de extrema pobreza morando nas ruas e junto aos lixões. Por isso, o governo federal tem reunido esforços, com respostas às necessidades de formação e assessoramento técnico e organizativo, além do atendimento às demandas de acesso a infraestrutura, crédito e de organização da comercialização. O apoio e fomento às organizações de catadores de materiais recicláveis fortalecem o potencial de inclusão social e de sustentabilidade das suas organizações”, afirma o secretário.
Os catadores beneficiados atuam em coleta seletiva nos bairros, fazendo catação em ruas das cidades e coletando materiais junto a grandes fornecedores (empresas geradoras). Parte das cooperativas funciona em galpões que foram doados ou cedidos pelos órgãos públicos ou por outras organizações de apoio. Os galpões de triagem, prensagem e reciclagem variam em termos de tamanho e capacidade. Já outras cooperativas atuam em ambientes alugados enquanto aguardam a cessão e instalação de seus galpões. O material é triado, selecionado, prensado e encaminhado para comercialização em grande escala.
Os principais materiais reciclados são papel e papelão (de diversos tipos), metais (alumínio, ferro e lata), plástico mole e duro (pet etc) e isopor (diversos tipos). Algumas poucas cooperativas atuam com resíduos líquidos, sobretudo óleos e gorduras recicláveis para produção de biodíesel.
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