CNIg concede autorização de permanência no Brasil para 237 haitianos
Pedidos foram encaminhados ao CNIg pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE). Questão humanitária foi levada em conta
Brasília, 22/06/2011 - O Conselho Nacional de Imigração (CNIg) decidiu em reunião nesta quarta-feira (22) pela concessão da autorização de permanência a 237 haitianos que vieram para o Brasil em consequência do terremoto que atingiu aquele país em 2010.
Os pedidos para a permanência no Brasil foram encaminhados ao CNIg pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE). O CNIg realizará última verificação para conferir se todos os casos encaminhados pelo CONARE se enquadram no fator humanitário.
Segundo o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a questão humanitária é forte no caso dos haitianos. "O Brasil desfruta de uma posição positiva em relação a mercado de trabalho e produtividade, o que nos possibilita receber estes cidadãos”.
De acordo com registros do CNIg, o fluxo migratório do Haiti para o Brasil vem se mostrando estável em cerca de 200 indivíduos por mês. Os pedidos são encaminhados pelo CONARE ao CNIg, entendendo que os requerentes não se enquadram na condição de refugiados, por não serem perseguidos em seu país de origem. Após a concessão da autorização de permanência pelo conselho, os haitianos deverão solicitar à Polícia Federal visto de residência.
Segundo o presidente do CNIg, Paulo Sérgio de Almeida, praticamente todos os haitianos declararam possuir alguma profissão.
"Este fator é que faz com que muitos já estejam empregados no Brasil, mesmo com a barreira do idioma, como os que estão em Manaus, quase todos já empregados. O CNIg reforçará medidas de cooperação com o Haiti e pretende aprofundar o diálogo com o país, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), com foco no tema da imigração”, disse.
A maioria dos imigrantes haitianos é homem, com idade entre 20 e 30 anos e grau de escolaridade correspondente ao ensino médio incompleto. Maior parte declarara o desejo de se estabelecer e trabalhar no Brasil.