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Com educação, jovens resgatados de trabalho escravo mudam de vida

Antes sem expectativa de conseguir trabalho decente, grupo ganha oportunidade de estudar e volta ao mercado de trabalho com nova profissão e carteira assinada

Foto: Divulgação

Ministro Lupi ao lado dos jovens estudantes, resgatados de trabalho escravo

Ministro Lupi ao lado dos jovens, agora estudantes, resgatados de trabalho escravo

 

Brasília, 13/04/2010 - Um projeto pioneiro do Ministério do Trabalho e Emprego está mudando a vida de jovens resgatados do trabalho análogo ao escravo em fazendas do Mato Grosso. Depois de enfrentarem condições degradantes nas colheitas, como a falta de alojamento e equipamentos de segurança, eles agora estudam para concluir o ensino médio e já estão trabalhando como eletricistas aprendizes.

O ministro Carlos Lupi esteve nesta segunda-feira (12) em Cuiabá (MT) para conhecer de perto o Programa de reinserção social aos egressos do trabalho escravo, projeto piloto desenvolvido pela Superintendência Regional do Emprego de Mato Grosso. A iniciativa começou em agosto do ano passado, quando os agentes da Superintendência visitaram cidades do interior do estado para localizar 17 jovens que haviam sido resgatados. A pesquisa foi feita por meio do sistema de informações do seguro-desemprego, e estes jovens se tornaram os primeiros inscritos nos cursos.

"Propomos a eles participar de um curso do Sesi/Senai na capital do estado, com passagem e hospedagem gratuitas, além de emprego garantido em empresas parceiras do projeto. Todos têm carteira assinada e recebem o salário da categoria", explica o superintendente regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso, Valdiney Arruda.

Ao todo, serão 12 meses de aulas (1.800 horas) para que os alunos possam completar os estudos do nível médio e, ao término do curso, serem contratados como eletricistas de montagem industrial. As passagens e a estadia em Cuiabá foram custeados por empresas que assinaram termos de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho no ano passado.

Com média etária de 20 anos, os jovens vêm de cidades do norte do estado e da Baixada Cuiabana. Segundo o superintendente, o rendimento deles é superior à média. "Eles têm muita garra e apoio da família. Como as turmas dos cursos são mistas, podemos perceber que o índice de evasão entre aqueles que vieram do trabalho análogo ao escravo é muito menor", aponta.

Em palestra para os jovens na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso, o ministro Lupi lembrou sua própria passagem pelo Senai, durante a adolescência, quando fez o curso de datilógrafo-copista.

"Como vocês, tive uma infância muito pobre, mas nunca desisti de estudar até virar professor. Aquele curso do Senai me abriu novas oportunidades e o mesmo acontecerá com vocês. Hoje é um curso de eletricista, amanhã é um diploma de engenheiro. Basta seguir estudando e se qualificando", prevê Lupi.

Marco Zero - Na avaliação do ministro, a erradicação do trabalho análogo ao escravo no Brasil está avançando, e depende agora de um trabalho preventivo, como o que está sendo feito nos estados do Tocantins, Maranhão, Pará e o próprio Mato Grosso, através do programa Marco Zero, lançado no ano passado.

"Criamos uma rede de parcerias para organizar a contratação dos trabalhadores para as colheitas. A meta é eliminar o 'gato', o atravessador, aquela pessoa que leva trabalhadores para regiões afastadas, onde eles ficam vulneráveis a esse tipo de crime", explicou o ministro.

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 - acs@mte.gov.br






 



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