Brasília, 28/09/2007 - A Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) realiza na próxima quarta-feira (3), em Brasilia, reunião extraordinária para discutir garantias e estratégias para a segurança dos auditores fiscais do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Trabalho Escravo.
Os auditores fiscais estão com suas atividades paralisadas há mais de uma semana, devido às recentes acusações de alguns senadores, que criticaram a autuação da empresa Pará Pastoril e Agrícola S/A (Pagrisa), localizada em Ulianópolis (PA). Em junho, os auditores libertaram 1.064 empregados - a maioria cortadores de cana-de-açúcar - que trabalhavam em condições degradantes, na maior operação já realizada pelo Grupo.
Participam da reunião da Conatrae, o secretário Especial dos Direitos Humanos, ministro Paulo Vannuchi, que é o presidente da Comissão, e representantes da Organização Internacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), da Comissão Pastoral da Terra e da ONG, Repórter Brasil.
Na última quinta-feira (27), a secretária de Inspeção do Trabalho do MTE, Ruth Vilela, teve um encontro com representantes da Advocacia Geral da União (AGU) sobre o tema.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, tem defendido a atuação dos auditores fiscais diante das recentes críticas à operação, pois entende que a suspensão temporária das atividades das oito equipes do Grupo Móvel tem como objetivo preservar a integridade funcional dos servidores.
Na última quarta-feira, Lupi foi ao Senado Federal onde entregou ao senador José Nery, presidente da Subcomissão Temporária do Trabalho Escravo, os 18 volumes do relatório da ação na Pagrisa.
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