Com a decisão, investimentos utilizando dinheiro do fundo ficam 50% acima de 2007, batendo o recorde de aporte da história
Rio de Janeiro, 20/12/2007 - Em sua última reunião em 2007, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta quinta-feira (20) o aporte de R$ 5 bilhões para o orçamento de investimentos de 2008, que agora passa a somar um total de R$ 17 bilhões, o maior da história do fundo.
O montante aprovado será destinado a investimentos distribuídos em três áreas: habitação popular (R$ 3 bilhões), saneamento básico (R$ 1,45 bilhão) e obras de infra-estrutura viária (R$ 550).
"É um aumento de mais de 50% sobre o total de investimentos executados em 2007, que somam R$ 10,6 bilhões, e mostra a solidez do fundo", destacou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que presidiu a reunião do conselho. "São investimentos que aquecem a economia, promovem a geração de empregos e beneficiam diretamente a população de baixa renda".
Com as mudanças, o FGTS irá destinar um total de R$ 8,4 bilhões para operações de crédito habitacional para a compra de imóveis de até R$ 130 mil por familias que têm renda mensal de até R$ 4.900, com juros de 8,16% ao ano mais Taxa Referencial (TR). Já R$ 1 bilhão será aplicado no Pró-cotista, nova linha de financiamento criada para a compra de imóveis de até R$ 350 mil reais por cotistas do FGTS, com juros de 8,66% ao ano mais TR.
Fundo - O conselho também aprovou o regulamento do novo Fundo de Investimentos (FI-FGTS), criado este ano, e que vai investir R$ 5 bilhões em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nos setores de energia, rodovias, hidrovias, ferrovias, portos e saneamento. Após a sua publicação, o regulamento será registrado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
"Em apenas um mês criamos o comitê que vai gerenciar os investimentos e aprovamos toda a organização do fundo . Nossa previsão é que o fundo já comece a operar em janeiro", afirmou Paulo Furtado, secretário-executivo do Conselho do FGTS.
O FI-FGTS será administrado pela Caixa Econômica Federal, que se compromete a cumprir uma meta de rentabilidade mínima de 6% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). Hoje, a rentabilidade garantida nas aplicações com recursos do FGTS é de 3% mais a TR. No futuro, os trabalhadores também poderão participar investindo até 10% do saldo da conta do FGTS. A previsão é que o rendimento seja maior do que se o dinheiro permanecesse parado na conta - hoje, esse ganho é de 5,5% ao ano.
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