Vinte e três entidades, que tiveram convênios celebrados em 2005 com o MTE, qualificaram 30.520 adolescentes carentes
Brasília, 14/08/2007 - Os Consórcios Sociais da Juventude (CSJ), uma das ações de qualificação social e profissional do Programa Nacional de Estimulo ao Primeiro Emprego (PNPE), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), continuam atingindo marcas positivas de inserção de jovens no mercado de trabalho. Depois de capacitar os jovens, os consórcios têm como meta obrigatória conseguir uma oportunidade de emprego para, no mínimo, 30% dos que finalizarem as oficinas do PNPE, seja por meio do emprego formal, com registro em carteira; da aprendizagem ou atividades geradoras de renda.
Vinte e três entidades que tiveram convênios celebrados em 2005 com o MTE para execução do programa de qualificação e que foram executados em 2006 encerraram suas atividades com uma média de 40% de inserção de jovens no primeiro emprego. Estas organizações tiveram suas contas analisadas e aprovadas pelo Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude (DPJ), do MTE, e qualificaram juntas, 30.520 adolescentes de famílias carentes. Deste total, 12.479 foram inseridos no mercado de trabalho, superando a meta estabelecida.
Desde 2005, os Consórcios Sociais da Juventude têm mantido uma média de inserção de jovens no mundo do trabalho bem acima dos 30% do total de formandos. É uma meta de inserção alta e só vem sendo possível alcançar devido à capacidade de articulação das entidades sociais, parceiras do PNPE e executoras do programa, junto ao setor privado. É comum, por exemplo, estas entidades realizarem eventos com os empresários das regiões em que atuam para divulgar as ações do PNPE, bem como os benefícios que podem ter quando oferecem uma oportunidade para estes estudantes.
Destaques - Algumas entidades se destacaram por terem ultrapassado a meta. É o caso do Consórcio Social da Juventude do ABC (SP), que tem como entidade âncora a Coopervolks. O consórcio capacitou 1.847 jovens de sete municípios (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Diadema, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires) e inseriu 1.367 no mercado de trabalho. O resultado atingiu a marca de 74%.
O Consórcio de Porto Alegre inseriu 973 jovens no mercado de trabalho, dos 1.671 qualificados (58,23%). O programa foi coordenado pela Escola Técnica José Mesquita e atendeu estudantes de Alvorada, Canoas, Guaíba, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Viamão, Cachoeirinha, Gravataí, Parobe, Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha.
Já o Consórcio Social da Juventude Rural Aliança com Jovens finalizou suas atividades com um saldo de 1.981 adolescentes qualificados, provenientes do campo, e 1.056 (53%) empregados. A entrada destes estudantes no mercado de trabalho aconteceu, em sua maior parte (93%), por meio de atividades alternativas geradoras de renda. Isso compreendeu, por exemplo, a formação de pequenos grupos ou associações produtivas capazes de gerar emprego e renda para os estudantes do campo, levando em conta o que aprenderam durante o curso. Os jovens também ingressaram no mercado de trabalho como prestadores de serviços, além de terem obtido acesso no Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
Superando metas - Os demais consórcios também tiveram um desempenho bem acima da meta obrigatória. Muitos deles atingiram a marca em torno de 40% de inserção, como é o caso dos consórcios de Santos (48,17%); Recife (44,3%); Aracaju (42%); Florianópolis (41,87%) e Rio de Janeiro (41%).
Qualificação - Os Consórcios Sociais da Juventude integram as ações do PNPE para capacitar jovens em situação de vulnerabilidade pessoal e risco social, e oferecer a eles a primeira oportunidade de emprego.
O programa é realizado sempre em parceria com entidades não-governamentais, com a meta de inserir pelo menos 30% no mercado de trabalho. Eles têm como objetivo qualificar jovens com idade entre 16 e 24 anos, de baixa renda e escolaridade, com renda per capita familiar de até meio salário mínimo.
Nos Consórcios Sociais da Juventude, os jovens recebem uma qualificação sócio-profissional no total de 400 horas, sendo que 200 horas são destinadas à qualificação básica, com aulas de inclusão digital; valores humanos, ética e cidadania; educação ambiental, saúde, qualidade de vida, promoção de igualdade racial e eqüidade de gênero; e ações de estímulo e apoio à elevação da escolaridade. Outras 200 são destinadas à qualificação profissional específica baseada de acordo com a necessidade de mão-de-obra capacitada na região.
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