Atento às demandas do mercado, Ministério do Trabalho e Emprego contribui para crescimento do segmento por meio da capacitação de profissionais
Brasília, 26/05/2008 - Na segunda quinzena de maio, o Governo anunciou uma nova política industrial que prioriza o aumento das exportações e dos investimentos no país por meio da desoneração tributária e de financiamento especial para determinados setores. Batizado de Política de Desenvolvimento Produtivo, o pacote pretende dar continuidade ao crescimento dos últimos anos que se traduz, por exemplo, no aumento de 6,3% da produção industrial no primeiro trimestre deste ano sobre o mesmo período de 2007 e na expansão do faturamento da Indústria de Transformação em 7,6% nos três primeiros meses de 2008.
De 2007, os números também são animadores: 23 trimestres consecutivos de expansão da produção industrial, 15 trimestres de ampliação do consumo e 13 trimestres seguidos de crescimento do investimento. Acrescenta-se a este cenário, a ampliação dos lucros das empresas, do emprego e da massa salarial em todos os setores da economia brasileira.
A iniciativa do governo consolida uma das principais veias da economia brasileira, que ontem, 25 de maio, comemorou seu dia. O Dia da Indústria foi instituído em 1957, pelo então presidente Juscelino Kubitschek por meio do Decreto nº 40.983, tendo sido fixado o dia 25 de maio pelo Decreto nº 43.769, de 21 de maio de 1958.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Indústria de Transformação é o segundo segmento no Brasil que mais gerou empregos formais no primeiro quadrimestre deste ano. Foram 228.986 postos com carteira assinada. O primeiro a atrair um maior número de trabalhadores no período foi Serviços (310.016).
A região Sudeste concentrou pelo menos 80,4% (184.068) do total de vagas criadas pelo setor de janeiro a abril de 2008. O estado de São Paulo foi o destaque, com a ampliação de 143.842 postos. Somente a região metropolitana de São Paulo, que reúne 39 municípios, gerou 25.894.
Ações do MTE - Preocupado com a expansão da indústria, o MTE promove iniciativas de capacitação de trabalhadores para o setor. Uma delas é o Plano Setorial de Qualificação (Planseq) Serviços Industriais na principal região industrial de Minas Gerais.
Até o final de junho, o primeiro curso de qualificação para o setor de serviços industriais deverá ter formado mais de 1,4 mil trabalhadores para atender a cadeia produtiva das áreas construção civil, metal-mecânica, automobilística, eletrônica e transporte e logística.
O Planseq Serviços Industriais tem como parceira a Fundação de Ensino de Contagem (Funec), responsável pela gestão dos recursos e acompanhamento do projeto. Para atender a meta de capacitação proposta no convênio, a entidade fez um consórcio com os municípios de Betim, Contagem, Ibirité e Nova Lima. Aproximadamente mil educandos - o equivalente a 44 turmas - já se formaram, restando apenas 16 turmas para concluírem o curso.
As 60 turmas foram distribuídas em 25 cursos, entre eles de armador, caldeireiro, instrumentista, marceneiro, oficial de construção civil, pintor industrial e serralheiro, com duração média de 260 horas. Após o término do curso, a Funec fará um levantamento de alunos que ingressaram no mercado de trabalho por conta do curso.
Planseq Brasil - Os Planos Setoriais de Qualificação (Planseqs), uma das ações do Plano Nacional de Qualificação (PNQ) do MTE, foram instituídos em novembro de 2004 com o objetivo de qualificar mão-de-obra para inserção no mercado de trabalho.
Já foram instalados Planseqs nas áreas de Metalurgia, Aeronáutica, Turismo, Agricultura Familiar, Doméstico Cidadão, de Petróleo e Gás Natural e Software.
História - A história da indústria no Brasil começou no final do século XIX. Ricos cafeicultores investiram parte de seus lucros na instalação de indústrias, especialmente em Rio de Janeiro e São Paulo. Imigrantes italianos formavam a mão-de-obra que era empregada em fábricas de calçados e tecidos. No primeiro governo de Getúlio Vargas, de 1930 a 1945, o setor ganhou impulso graças à criação de leis e medidas voltadas para o mercado de trabalho e a investimentos em infra-estrutura.
O fim da Segunda Guerra Mundial também favoreceu a industrialização no Brasil, já que países europeus foram obrigados a importar todo tipo de bem. Com Juscelino Kubitschek na Presidência da República, de 1956 a 1960, o desenvolvimento industrial ganhou novos rumos. O presidente abriu a economia para o capital internacional e atraiu indústrias multinacionais.
Nas décadas de 70 a 90, a industrialização do Brasil continuou a crescer, embora tenha estagnado nos momentos de crise. Atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados e eletrodomésticos.
Categorias da Indústria:
Bens de Consumo Duráveis - Indústrias de alimentos, vestuário, bebidas, impressos.
Bens de Consumo Não-duráveis - Indústrias de eletrodomésticos, móveis, automóveis, informática.
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