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Dia do Médico Veterinário é celebrado esta terça-feira

Responsáveis pelo controle sanitário dos alimentos de origem animal, prevenção e erradicação de zoonoses, existem 9,5 mil inscritos no Conselho Federal da categoria

Foto: Maristela Leitão

Dra. Maria de Fátima em seu consultório no Guará I, tratando da Kelly

Dra. Maria de Fátima em seu

consultório no Guará I,

tratando da Kelly

 

Brasília, 09/09/2008 - Você que aprecia um suculento bife, sabia que para o alimento de origem animal chegar à sua mesa ele passa por um rigoroso controle sanitário? Já pensou na importância da prevenção, controle e erradicação das doenças transmitidas pelos animais? E o que seria de nossos bichinhos de estimação se não existisse um profissional habilitado para cuidar deles? Felizmente, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), de um total de 95.096 profissionais inscritos na instituição, existem 70.930 médicos veterinários atuando nas áreas de controle de sanidade de produtos de origem de animal que consumimos, na prevenção e controle de zoonoses e cuidando do bem estar dos animias domésticos.

Eles estão distribuídos em 64.291 estabelecimentos do gênero - fabricação, comércio atacadista e varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e vetrerinário e em atividades veterinárias. Empregados no mercado formal são 11.516 profissionais, conforme mostram os números de 2006 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego.

O presidente do CFMV, Benedito Fortes, considera a ação do médico veterinário  fundamental para a sociedade, uma vez que o profissional participa das várias etapas do desenvolvimento humano, cuidando do controle dos alimentos ingeridos pelos récem-nascidos, crianças e adultos. Além disso controla a disseminação das zoonoses e cuida da saúde dos animais de estimação evitanto o contágio de denças. "O médico veterinário tem um pensamento, trabalhar pelo bem estar físico e mental do homem", afirma Fortes.

Para a médica veterinária Maria de Fátima C. Barreto, os cuidados com a saúde dos animais que vivem próximos ao homem são muinto importantes como forma de tratar e prevenir as doenças que eles podem transmitir pelo contato, tais como, a raiva, micoses, a leishmaniose visceral e etc. Fátima alerta para a necessidade dos donos não descuidarem das vacinas de seus animais. "O médico veterinário é tão importante para garantir a saúde dos animais de grande porte, utilizados na produção de alimentos, quanto para os animanis de companhia. Como estes vivem em contato direto, os donos não podem deixar de vaciná-los periodicamente", alerta.

O início de tudo - O exercício da veterinária confunde-se com os primórdios da civilização humana, a partir do processo de domesticação dos animais. Existem vestígios de que a arte de curar animais tenha ocorrido há 4 mil anos a.C. Na Europa, os primeiros registros sobre a prática da Medicina animal originam-se da Grécia, no século VI a.C., onde em algumas cidades eram reservados cargos públicos para os que praticavam a cura dos animais e que eram chamados de hipiatras. No mundo romano, há registro de autores que produziram interessantes observações sobre a história natural das doenças animais.

Na era cristã, em meados do século VI, em Bizâncio (atualmente Istambul), foi identificado um tratado chamado HIPPIATRIKA, compilado por diversos autores e que tratava da criação dos animais e suas doenças, contendo 420 artigos, dos quais 121 escritos por APSIRTOS, considerado no mundo ocidental, o pai da Medicina Veterinária.

No Brasil - Somente no início do século passado foram criadas primeiras instituições de ensino de veterinária no Brasil, a Escola de Veterinária do Exército, em janeiro de 1910 e a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, em 04/07/1913, ambas na cidade do Rio de Janeiro.

Em 13/11/1915, durante a 24ª sessão da Congregação, recebia o grau de Médico Veterinário o primeiro profissional formado e diplomado no Brasil. A primeira mulher diplomada em Medicina Veterinária no Brasil foi em 1929.

Em 23 de outubro de 1968, entra em vigor a Lei 5.517, que dispõe sobre o exercício da profissão do Médico Veterinário e criou os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária.

 

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