Dias defende política de emprego no México
"Inclusão produtiva, sustentabilidade e salário valorizado são a fórmula da geração de empregos no Brasil",afirma ministro na 3ª Reunião de Ministros Iberoamericanos do Trabalho
Ministro defendeu na Reunião a política de emprego brasileira
Brasília, 25/11/2014 - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse nesta terça-feira (25) no México, durante a 3ª Reunião de Ministros Iberoamericanos do Trabalho que a condição do Brasil - com a geração de mais de 20 milhões de postos de trabalho diante da onda de desemprego que atinge o mundo desde 2008 - está fundada na inclusão produtiva e na sustentabilidade, com uma política de valorização do salário mínimo. O ministro sustentou na Reunão o sucesso da fórmula brasileira que tanto chama a atenção do mundo, mas que na sua visão necessita evoluir, especialmente com a chegada do pleno emprego, quando se faz necessário qualificar vagas e trabalhadores.
“Em um contexto de baixo crescimento econômico, reconhecemos que inclusão produtiva e sustentabilidade constituem elementos chave para promover o estado de bem estar e a coesão social. Contudo, os processos de inclusão produtiva e social trouxeram um novo cenário para o Brasil, com a criação de um elevado número de postos de trabalho de baixas exigências de qualificação”, destacou Manoel Dias.
O ministro discursou na 3ª Reunião no Diálogo Ministerial que tratou da “Inovação Institucional para a Promoção do Emprego de Qualidade”. Ele acrescentou que “o desafio do mercado de trabalho atual e do futuro não está mais relacionado apenas ao número de pessoas empregadas ou desempregadas mas, sobretudo, na necessidade de promover a qualidade dos empregos já existentes”. garantiu.
Ao lado dos programas sociais, que deverão ter continuidade e que fizeram a diferença nos últimos anos, permitindo o crescimento de áreas deprimidas economicamente, como o Norte e o Nordeste do País, Manoel Dias colocou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como fundamental para aumentar a qualidade dos postos de trabalho e a qualificação profissional dos trabalhadores, com ênfase nas mulheres e nos jovens. “Este programa beneficia estudantes do ensino médio, auxilia os trabalhadores desempregados a recomeçar sua vida profissional e abre as portas do mercado de trabalho para que milhares de trabalhadores possam conquistar um emprego e uma vida digna”, comentou.
O ministro ainda defendeu que, no Brasil e em países onde há necessidade de manutenção ou geração de postos de trabalho, seja dada atenção aos jovens, pois considera que eles seriam o elo mais fraco do mercado de trabalho, especialmente nos momentos de crise. “Uma das formas de enfrentar o desafio permanente de desemprego juvenil é investir em educação desde a primeira infância e assegurar uma transição equilibrada da escola para o trabalho”, acrescentou.
Como medida para melhorar o acesso dos jovens ao mercado de Trabalho, Manoel Dias citou a “Lei do Aprendiz”, que criou cotas de emprego juvenil para as empresas, incentivando a contratação de jovens sem experiência no mercado. No ano de 2013, o Programa registrou o número de 335.809 aprendizes admitidos, representando um aumento de 8%, em comparação com aos dados de 2012. “Entendemos que a promoção do trabalho decente e do emprego de qualidade pressupõe uma ação concertada entre os setores público, privado e outros setores da sociedade civil, visando a implementação de medidas de desconcentração de renda que, além de estimular o consumo, também possa fomentar a geração de mais e melhores empregos.”, complementou.
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