Brasília, 22/11/2011 - A Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego realizou nesta terça-feira (22) seminário para discutir as ações da secretaria na inclusão social de trabalhadores excluídos e expostos a pobreza extrema. Pela manhã foi debatido o tema “Desenvolvimento brasileiro: conjuntura, perspectivas e desafios” e a tarde as discussões foram em torno do tema “Economia Solidária, Superação da Miséria e Desenvolvimento”.
O debate foi encaminhado pelo secretário de Economia Solidária, Paul Singer, o diretor da Senaes, Roberto Marinho e o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Pochmann que fizeram uma avaliação das ações da economia solidária em parceria com prefeituras e organizações da sociedade civil que tem oportunizado a pessoas excluídas, por meio do associativismo, sua inclusão em políticas governamentais e com isso possibilitado aos beneficiados a superação da extrema pobreza.
Paul Singer lembrou a importância das políticas da Senaes destacando que os alcançados pelas ações da secretaria não são o objeto, mas sim partes dessa política de inclusão social. “A iniciativa do governo da presidenta Dilma, de superação da extrema pobreza, é inédita, não conheço nada nesses moldes em nenhum lugar. A Senaes tem a função de ajudar aqueles que querem sair da pobreza extrema. Esse é o nosso intuito”, afirmou.
Roberto Marinho explicou que os objetivos dos programas é contribuir para erradicar a pobreza extrema no país, por intermédio de fomentar a auto-organização e autogestão de empreendimentos solidários nos vários territórios, seja pela integração de ações com governos estaduais e municipais visando a organização dos empreendimentos em redes. “Os eixos principais das ações são a organização sociocomunitária, assistência técnica, investimentos via finanças solidárias e apoio a comercialização”, avaliou o diretor destacando que a secretaria tem este ano R$ 30 milhões para apoiar cerca de 1000 empreendimentos de economia solidária.
Marinho explicitou as ações da Senaes por intermédio da articulação entre política econômica e políticas sociais almejando o desenvolvimento com distribuição de renda; a recuperação da capacidade de intervenção do Estado como promotor do desenvolvimento; o fortalecimento do mercado interno com transferência de renda, infraestrutura, emprego e ampliação do crédito; política social como fator de dinamização do desenvolvimento; e abordagem territorial nas políticas públicas. “O grande desafio é a obtenção de renda - seja na organização econômica para produção, comercialização, finanças e consumo - baseadas no trabalho associado, na autogestão, na propriedade coletiva dos meios de produção, na cooperação e na solidariedade”.
Segundo o diretor da Senaes a meta até 2014 é alcançar 10 mil empreendimentos com investimento de R$ 456 milhões beneficiando cerca de 200 mil pessoas.
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