Em almoço com empresários paulistas, ministro minimiza impacto da crise financeira internacional e diz que vai propor ampliação do crédito do FGTS para setor imobiliário
Foto: Fábio Borges
Brasília, 28/10/2008 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, reafirmou ontem (27) que a crise financeira internacional não está tendo impacto sobre a geração de empregos formais no Brasil. Em almoço com cerca de 600 empresários na cidade de São Paulo, Lupi voltou a prever que o país vai fechar o ano ultrapassando a marca inédita de 2 milhões de novas vagas formais - saldo 30% maior do que o atual recorde de 1,6 milhão de empregos registrado no ano passado.
"É evidente que em uma economia globalizada crises como essa produzem reflexos, principalmente no setor de exportação, mas a geração de empregos no Brasil possui bases sólidas. O aumento real do salário mínimo e os investimentos em infra-estrutura fortaleceram o mercado interno. O consumo continua forte e o emprego está crescendo em todos os setores e regiões", apontou, pedindo aos empresários que continuem investindo no crescimento do país.
O ministro elogiou as ações do governo para garantir a oferta de crédito e antecipou que nos próximos dias vai propor aos conselhos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) novas medidas para ampliar os montantes destinados a investimentos no setor produtivo. "Não vão faltar recursos", garantiu.
Na avaliação de Lupi, a atual crise foi agravada pela demora do governo norte-americano em contornar os problemas de crédito no setor imobiliário, identificados há mais de um ano na economia daquele país. "Há muita gente querendo ganhar dinheiro especulando sobre a crise, mas essa é uma crise dos Estados Unidos. Para ter a real dimensão do seu impacto no Brasil, basta comparar a situação dos nossos bancos com a dos norte-americanos", disse.
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