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Emprego no interior cresce mais rápido que nas regiões metropolitanas do Brasil

Nas nove áreas analisadas pelo Caged, taxa do interior foi de 6,43% no primeiro semestre, contra 3,68% das grandes metrópoles. País já gerou 1,361 milhão de vagas formais

Brasília, 22/07/2008 - O interior segue gerando mais empregos que as regiões metropolitanas do país. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, estatística do Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados 164.650 novos postos de trabalho no interior de nove estados (PA, CE, PE, BA, MG, RJ, SP, PR e RS) no mês de junho, contra 83.635 nas áreas metropolitanas. No acumulado do primeiro semestre, já são 825.371 vagas criadas no interior (sendo 688.084 apenas nessas nove regiões), representando mais de 60% do total gerado no Brasil no primeiro semestre (1,361 milhão).

Em junho, o conjunto das nove áreas metropolitanas apresentou crescimento de 0,67% em relação ao mês anterior e taxa de crescimento de 6,43% em 2008. Tal desempenho decorreu da expansão generalizada do emprego nesses espaços geográficos. Em razão da influência sazonal do ciclo agrícola, o interior dos estados desses aglomerados urbanos registrou um comportamento mais favorável. Em termos absolutos, no interior dos estados de Minas Gerais (+63.149 postos ou +3,10%) e de São Paulo (+62.172 postos  ou +1,29%) verificou-se o melhor desempenho. No caso das áreas metropolitanas, as que mais se sobressaíram foram as de São Paulo (+40.554 postos ou +0,77%) e de Belo Horizonte (+10.511 postos ou +0,86%).

Brasil - O mês de junho apresentou recorde no saldo de empregos com carteira assinada. De acordo com os dados do Caged, foram 309.442 trabalhadores que passaram a fazer parte do mercado formal, tendo salário e desfrutando de direitos básicos como férias, 13º, INSS e FGTS. O resultado do sexto mês de 2008 foi o melhor da série histórica da estatística do MTE, em termos absolutos e relativos, com crescimento de 1,03% em relação ao estoque de maio.

Para termos de comparação, junho de 2007 gerou 181.667 postos de trabalho. O resultado do mesmo mês de 2008 é 70% superior ao registrado no ano passado, mostrando comportamento inédito do emprego formal para o mês de junho, que tradicionalmente registra desaceleração da geração de empregos em relação ao mês de maio. Assim, é a primeira vez que ocorre o recorde de formalização de trabalhadores neste mês. O saldo de emprego no mês de junho de 2008 foi 48,85% maior que o recorde anterior, em junho de 2004 (+207.895 postos), e 2,47% superior ao recorde da série histórica do Caged observado em abril de 2007 (+301.991 postos). O Caged costuma apresentar picos de criação de vagas nos meses de abril, maio e setembro.

"Esse resultado só reforça a minha expectativa de que 2008 vai terminar com mais de 1,8 milhão de novos postos de trabalho. O desempenho de junho me faz acreditar além. Vamos gerar o recorde histórico de 2 milhões de empregos formais", disse o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

Acumulado do ano - No primeiro semestre do ano, o estoque de empregos formais cresceu 4,7%, representando o incremento de 1.361.388 postos de trabalho, o maior saldo registrado no período. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu 6,62% ou 1.883.277 novos postos, resultado que se revelou mais favorável que o ocorrido no mesmo período do ano anterior (+5,12%, ou +1.400.391 empregos formais). Brasil tem hoje 30,37 milhões de pessoas com a carteira assinada.

 

Subsetor de Atividade Econômica Saldo Salário Médio
Admitidos em R$
Extrativa mineral 6.478 910,32
Indústria de Transformação 228.098 850,33
Serviços industriais de utilidade pública 4.208 677,37
Construção civil 80.508 707,03
Comércio 77.424 576,95
Serviços 175.366 668,94
Administração pública direta e autárquica 26.821 801,07
Agricultura, silvicultura, criaçao de animais,
extrativismo vegetal...
226.468 514,30
Total 825.371 624,42

 

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