Brasília, 18/9/2007 - A Economia Solidária vai estar presente no 2º Encontro Nacional dos Povos das Florestas, que começa nesta terça-feira (18) e prossegue até domingo (23), em Brasília. A cerimônia de abertura será às 19 horas, no Teatro Nacional, Sala Villa-Lobos, com o show do cantor Milton Nascimento e a apresentação da Orquestra Sinfônica de Brasília. O objetivo do encontro é unificar e fortalecer o movimento pela sustentabilidade dos povos tradicionais que vivem na Amazônia e nas áreas de caatinga, mata atlântica, no Cerrado, Pampa e Pantanal.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai divulgar no evento as atividades desenvolvidas pelo Projeto de Desenvolvimento Local e Economia Solidária (PPDLES), em que agentes de desenvolvimento se integram às comunidades tradicionais para impulsionar projetos econômicos solidários, beneficiando moradores que têm na pesca, no artesanato e na comercialização de produtos sua sustentabilidade.
No ano passado, a Economia Solidária treinou em todo o país 252 agentes de desenvolvimento solidário para promover ações em comunidades e setores historicamente excluídos e com alto potencial de desenvolvimentos solidário. Este ano, foram formados mais 331 agentes para atuar em comunidades pobres em todo o país. A expectativa é a de beneficiar diretamente a mais de 42 mil trabalhadores e, indiretamente, 212 mil pessoas, pela melhoria das condições de vida em suas comunidades.
Os agentes são escolhidos pelas próprias comunidades entre aqueles que mais se destacam em trabalhos comunitários local e, após serem treinados pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), implementam ações em comunidades pobres e em territórios com potencial para o desenvolvimento de novas atividades econômicas, estimulando, em especial, a organização de empreendimentos coletivos solidários.
A prioridade são os beneficiários do Programa Bolsa Família, as comunidades que desenvolvem atividades voltadas para o turismo, cooperativas, associações e redes de produção, consumo e comercialização e empreendimentos de economia solidária, organizados em bases autogestionárias.
Alternativas - Os debates ocorrem de quarta (19) a sexta-feira (21), no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, quando os participantes discutirão temas que estão na ordem do dia, como mudanças climáticas, redução da pobreza entre os povos tradicionais, conservação da biodiversidade, e o Programa de Aceleração do Crescimento voltado para o desenvolvimento socioambiental. Também serão discutidas alternativas à implementação de políticas públicas, que assegurem a sustentabilidade dos povos que vivem nas florestas.
No sábado (22), haverá a mostra de arte e artesanato, que terá início às 11 horas, no Jardim Zoológico de Brasília. No domingo (23), será feito um plantio de árvores.
Simultaneamente, jovens e adolescentes de todo o país vão acampar durante os seis dias do evento em uma área de camping do Jardim Zoológico, onde serão desenvolvidas várias atividades culturais. Eles também vão participar da conferência livre da juventude, que terá reunirá 50 jovens, com idade entre 15 e 25 anos, indicados por organizações não-governamentais ligadas à Aliança dos Povos das Florestas.
Ainda no encontro haverá a realização da mostra "Cinema para todas as tribos", promovida em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). As exibições de curtas metragens e vídeos documentários serão de quarta (19) a sexta-feira (19), das 14 às 19 horas, no centro de convenções.
História - A primeira edição do Encontro dos Povos das Florestas aconteceu junto com o 2º Encontro Nacional de Seringueiros, entre 25 e 31 de março de 1989, em Rio Branco, Acre. Participaram 187 delegados seringueiros e indígenas do Acre, Amazonas, Pará, Amapá e Rondônia. Durante o encontro, a Aliança dos Povos da Floresta foi instituída com os propósitos de defender as terras das populações tradicionais e assegurar a implementação de políticas públicas que garantissem sua sobrevivência e sua cultura.
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