Ação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no estado ainda está em curso. Seis famílias foram retiradas do local por risco de desabamento na moradia oferecida pelo empregador
Brasília, 17/10/2008 - Em ação realizada nos dias 15 e 16 de outubro, o Grupo de Fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (SRTE/PE) encontrou 150 trabalhadores em usina de cana-de-açúcar no município de Ipojuca, zona rural do estado. Eles estavam laborando em condições consideradas precárias, de acordo com a Norma Regulamentadora 31. A frente de trabalho foi interditada.
No local não havia água potável e própria para consumo, sendo oferecida aos trabalhadores apenas a opção de retirar o que beber de uma espécie de fonte, deixando-os expostos a doenças. A empresa não dispunha de material de primeiros socorros ou local apropriado para refeição. Também não havia abrigos para proteção dos trabalhadores, que tinham poucas pausas obrigatórias de descanso.
Segundo o auditor fiscal do trabalho e coordenador da operação, Paulo Mendes, as más condições não estavam somente na frente de trabalho, mas principalmente nas moradias, que eram de propriedade da empresa e de uso dos trabalhadores rurais. "As moradias eram de barro e estavam em condições sub-humanas de habitabilidade, com piso de barro batido, profundas fissuras, aberturas nas paredes", conta Mendes.
Ao todo, 29 casas foram interditadas e a empresa terá 180 dias para realocar as famílias em outro local e demolir as moradias atuais. Entretanto, seis famílias foram retiradas das casas que moravam, pois estavam sob risco de desabamento e mais duas serão desocupadas nos próximos dois dias.
A empresa responsabilizou-se em atender às exigências dispostas pelo Grupo de Fiscalização da SRTE/PE e encaminhou na tarde desta sexta-feira um pedido de desinterdição das frentes de trabalho.
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