Grupo composto por migrantes e indígenas atuava em usina de cana-de-açúcar
Brasília, 07/07/2011 – Ação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), iniciada na última quarta-feira (29), detectou a ocorrência de trabalho degradante na frente de trabalho rural – corte de cana - de uma usina localizada em Naviraí (MS). Como resultado, 827 trabalhadores migrantes e indígenas foram resgatados e a frente de trabalho rural e as caldeiras, interditadas.
De acordo com a coordenadora nacional do GEFM, Camilla Vilhena Bemergui, várias irregularidades foram constatadas nas frentes de trabalhos, como falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), EPIs estragados, EPIs não repostos; e também nos alojamentos: como problemas com esgotamento de dejetos. Além disso, na frente de trabalho do corte de cana, o grupo era submetido a intempéries. “Os trabalhadores eram o
Ainda de acordo com a coordenadora nacional do Grupo Móvel, a empresa - que já tinha antecedentes de submissão de trabalhadores à situação degradante - foi notificada com vistas a rescindir os contratos de trabalhadores dos libertados.
“No entanto, ontem, (quarta-feira, 6), a equipe do Grupo Móvel tomou ciência da decisão da 20ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, que, atendendo a mandado de segurança movido pela empresa autuada, mandou suspender os efeitos da interdição da frente de corte manual, da ordem de rescisão indireta dos contratos de trabalho do grupo, e, preventivamente, impedindo a inclusão da empresa na lista suja”, relata a coordenadora.
Nesta quarta-feira (07) a equipe do GEFM esteve nas instalações dos alojamentos, em Naviraí, para comunicar aos trabalhadores a decisão judicial.
“Agora, nosso trabalho é tentar reverter essa decisão usando os trâmites legais, para que a equipe dê andamento à operação, uma vez que os trabalhadores resgatados voltarão a trabalhar em ambientes onde constatamos problemas que não temos a garantia se foram resolvidos”, observa.
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