Brasília, 26/09/2013 – A equipe de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) realizou, de
Segundo relatório da fiscalização, os trabalhadores teriam sido aliciados em estados nordestinos por prepostos da empresa OAS para trabalhar na obra de ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos e estariam aguardando em condições insalubres para serem registrados e começar a prestar serviços como carpinteiros, armadores e pedreiros há mais de um mês.
A denúncia foi realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Guarulhos e indicava haver dezenas de trabalhadores em barracos improvisados nas comunidades ao redor do aeroporto, passando frio, fome e diversas necessidades.
Por não cumprir determinações da fiscalização, a empresa ficou sujeita às sanções da lei. Por esse motivo, a Vara Itinerante de Combate ao Trabalho Escravo, instituída pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, instaurou ação cautelar, proposta pelo Ministério Público do Trabalho, pedindo o bloqueio de bens em nome da empresa no valor de R$ 15 milhões, até que comprovasse o cumprimento de todas as determinações do Poder Público.
Ao final da operação, os 11 alojamentos insalubres foram interditados pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego e os 111 trabalhadores devidamente resgatados e registrados retroativamente à data do aliciamento.
Indenizações - Eles receberam verbas rescisórias e pelos gastos efetuados no curso do período em que ficaram aguardando a contratação, num valor total médio de R$ 6.000,00 por empregado, que pode chegar a R$ 700.000,00.
Todos foram encaminhados, por conta da empresa da empresa, de volta para sua cidade de origem e irão receber três parcelas do seguro-desemprego. Além disso, terão prioridade na inserção de programas sociais, como bolsa-família e o Pronatec, a fim de que não voltem a cair em redes clandestinas de aliciamento e possam ser corretamente reinseridos no mercado de trabalho.
Contra a empresa foram lavrados 25 autos de infração, que poderão alcançar cerca de R$ 138.000,00
Assessoria de Comunicação Social MTE
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