Entre os trabalhadores flagrados pelos fiscais da Superintendência Regional do Trabalho, estavam dois menores de 18 anos
Belo Horizonte, 11/07/2008 - O Grupo Integrado de Apoio ao Trabalhador (GIAT) da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG) concluiu, na quarta-feira (9), uma ação fiscal que flagrou 50 trabalhadores em situação degradante de trabalho. Os lavouristas foram localizadas em uma fazenda, na zona rural de São Roque de Minas, centro-sul do estado, trabalhando na colheita de café. A equipe composta por fiscais das Gerências Regionais de Divinópolis e Juiz de Fora atuou nos dias 7, 8 e 9 de julho e foi coordenada pelo auditor fiscal Luiz Carlos dos Santos Cruz
Os trabalhadores, aliciados por um "gato" desde o último dia 25 de maio, vieram das cidades de Varzelândia e São João da Ponte, região norte mineira, sendo que muitos deles estavam com a família. Os fiscais detectaram que as condições de moradia e de higiene do local eram péssimas, as instalações sanitárias precárias e as camas de tábuas, forradas com espuma. Além disso, os trabalhadores não portavam Equipamento de Proteção Individual (EPI). "Cada família ocupava um espaço reduzido num alojamento coletivo e no local havia um lixão", informou o auditor.
Em vista da precariedade em que os trabalhadores foram flagrados, a equipe do GIAT decidiu retirá-los do local. Alguns voltaram no mesmo dia do flagrante fiscal às cidades de origem, em transporte custeado pelo empregador.
Acertos - Segundo Cruz, os acertos trabalhistas custaram cerca de R$ 80 mil e servirão para quitar as dívidas com as rescisões de contrato dos trabalhadores. O empregador também foi obrigado a ressarcir as despesas que os trabalhadores tiveram com a compra de ferramentas, colchões, gás e equipamentos de proteção individual.
Os auditores determinaram que o empregador registrasse o vínculo empregatício na CTPS dos trabalhadores com as devidas correções das distorções verificadas na carteira de alguns.
Foi emitido o seguro-desemprego para cada trabalhador resgatado, que será pago em três parcelas de um salário-mínimo. A ação contou com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais e do Ministério Público do Trabalho de Divinópolis.
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