Esses profissionais que esperam o momento e a hora exata para registrar fatos históricos e de interesse da sociedade celebram esta terça-feira o seu dia
Brasília, 02/09/2008 - O repórter é um profissional multifacetado que encontra na escrita a extensão de seu pensamento e na fotografia a de seu olhar. Em ambos os casos, mistura faro e senso crítico ao expor acontecimentos e seus respectivos protagonistas. Mas neste dia 2 de setembro o foco muda, por comemorar o Dia do Repórter Fotográfico, é ele quem passa a ser observado. Entre as pessoas que se dedicam ao jornalismo, essa carreira merece destaque, pois sem poder contar com a linguagem verbal, deve transmitir, por meio de imagens, informações completas, seguindo os preceitos de atualidade e interesse social.
Esse profissional está inscrito, desde 1994, na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, sob o código 2618-20, sendo também definido como fotojornalista. É a testemunha ocular do dia-a-dia e o seu registro transforma o cotidiano em notícia, seja a posse de um presidente, a chegada da seleção, a reformulação da carteira de trabalho. Tudo pode se tornar imortal após um único clique.
De acordo com a Classificação, ele atua tanto na imprensa quanto na publicidade, propaganda, marketing, comércio de mercadorias, setor de serviços, ensino e pesquisas. Sob o prisma artístico e comercial, pode, entre outras atividades, produzir imagens, revelar e retocar negativos de filmes, tirar, ampliar e retocar cópias, criar efeitos gráficos em fotografias digitais e reproduzi-las.
Apesar de em sua maioria serem autônomos (freelancers), sem vínculo empregatício, a quantidade de repórteres fotográficos no mercado é crescente. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, contabilizaram, em 2004, 863 profissionais na área e, em 2006, esse número saltou para 952, um aumento de 10,31%. Desses 783 são homens e 169 mulheres.
Credibilidade - A evolução tecnológica aprimorou filmes e objetivas, trouxe o arquivo digital e os softwares de tratamento de imagem que trazem consigo a dúvida sobre a manipulação. Historicamente, o que estava retratado passava apenas pelo recorte do olhar do repórter fotográfico que escolhia o melhor ângulo e enquadramento. Hoje, é possível inserir figuras e pessoas que não estavam em cena, apagar informações e aumentar a fumaça de um incêndio, como no primeiro escândalo assumido sobre a modificação de fotos. O fato é que independentemente das ferramentas disponíveis, essa profissão exige ética e confiabilidade em sua execução.
Reconhecimento - Nos Estados Unidos, existe o Prêmio Pulitzer, concedido àqueles que realizam trabalhos excepcionais na literatura, na música e no jornalismo, sendo a fotografia uma das categorias observadas. Já no Brasil acontece o Paraty em Foco, que em sua programação conta com workshops, palestras, projeções e exposições pela cidade, para difundir a cultura fotográfica nacional e internacional. Este ano, de 10 a 14 de setembro, será a 4ª edição do evento. A abertura será, às 20h, na casa de cultura de Paraty, Rua Dona Geralda, no Centro Histórico.
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