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Grupo Móvel resgata 72 trabalhadores em fazendas no Mato Grosso

Em três ações realizadas no estado, foram resgatados homens e mulheres em condições desumanas de trabalho. Todos estavam sem carteira assinada. Atividades foram interditadas

Brasília, 24/1/2008 - Pelo menos 270 trabalhadores foram encontrados na fazenda Vale do Rio Verde, em Tapurah (MT), região norte do estado, arrendada pelo grupo Bom Futuro, um dos maiores produtores de grãos do país. Eles foram contratados para a colheita de soja, plantio de algodão e capinagem. Foram retirados da fazenda 41 trabalhadores por se encontrarem em situação degradante de trabalho. Em outra fazenda, no município de Nova Canaã do Norte, a cerca de 350 km, foram retirados outros 11 trabalhadores, sendo uma mulher e um menor que trabalhava de vaqueiro.

"Havia restrição de liberdade, pois a fazenda ficava a 100km da cidade mais próxima e não havia transporte", explicou o coordenador da ação, Auditor Fiscal do Trabalho Luiz Carlos Cruz. Segundo o auditor, os trabalhadores retirados da fazenda Pontal da Serra, em Canaã do Norte, estavam em situação degradante de trabalho e sem as mínimas condições de higiene. "Tinha trabalhador sem carteira a mais de três anos", disse. No momento, o Grupo Móvel está terminando os cálculos das verbas indenizatórias que devem ser pagas ainda esta semana.

Agrotóxico - "Na fazenda Rio Verde, os aviões passavam jogando agrotóxico sob os trabalhadores", acentuou Cruz. Na fazenda fiscalizada existem  47 colheitadeiras e pelo menos 9 mil hectares de soja e algodão plantados. Os 41 resgatados trabalhavam no plantio de algodão e sem nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI).  "Eles recebiam agrotóxicos sobre suas cabeças, jogados pelo avião, um dos trabalhadores passou mal enquanto fazíamos a fiscalização", frisou Cruz.

O Grupo, formado, por auditores do MTE, procurador do Ministério Público e Polícia Federal, interditou as atividades na fazenda. Depois que Grupo Bom Futuro desativou os alojamentos e instalou banheiros na frente de trabalho, as atividades retornaram. "A empresa se comprometeu a controlar a aplicação de agrotóxicos. Vamos voltar ao local para averiguar esse procedimento", afirmou Cruz.

A Fazenda Vale do Rio Verde já foi flagrada cometendo este crime em 2001 e esteve na lista do Ministério do Trabalho e Emprego contendo empregadores flagrados utilizando mão-de-obra escrava, a chamada "lista suja", de julho de 2005 a julho de 2007, tendo como responsáveis os antigos donos, Caetano e Orlando Polato, que hoje arrendam a propriedade para o Grupo Bom Futuro.

Os atuais proprietários se comprometeram a reparar todas as irregularidades trabalhistas e vai pagar as rescisões de contrato de todos os resgatados, que estão estimadas em R$ 80 mil. Também serão pagos outros R$ 30 mil em danos morais coletivos. Os trabalhadores resgatados são oriundos do estado do Maranhão.

Em outra fazenda, fiscalizada no domingo (20), a Gleba Rio Ferro, no município de Feliz Natal (MT), foram encontradas 28 pessoas, sendo 20 trabalhadores, 4 mulheres e 4 crianças.  O local, conhecido como fazenda do Dorley, os trabalhadores cuidavam do roço (arrancada do capim para pastagem com as mãos), faziam cerca, aplicavam defensivos e construíam a sede da fazenda.

Todos estavam sem carteira e dormiam em barracos de lona. "O banheiro foi construído dentro do rio, onde os trabalhadores faziam suas necessidades que eram levadas pela mesma água que bebiam", afirmou o coordenador da operação. A propriedade ficava isolada e não havia transporte regular. "Tinha trabalhador com salário atrasado há meses e sem registro em carteira. O valor da rescisão contratual dos libertados deve chegar a R$ 60 mil", avaliou Cruz.

Todos os resgatados serão encaminhados aos seus locais de origem e têm direito a três parcelas do seguro-desemprego.


Assessoria de Imprensa do MTE
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