Auditores da SRTE/SP encontraram trabalhadores sem proteção, transporte e alojamentos irregulares em fazendas de cana-de-açúcar no interior de São Paulo
São Paulo, 14/03/2008 - Na primeira operação do ano, o Grupo Estadual de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo (SRTE/SP) encontrou diversas irregularidades nas frentes de trabalho de plantio e colheita de cana-de-açúcar na região de São José do Rio Preto (SP), há 440 km da capital. Vencendo as fortes chuvas, nos dias 11 e 12 de março, três equipes de auditores da SRTE/SP, numa ação em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), visitaram cinco propriedades nas cidades de Monte Aprazível, Nipoã, Ubarana, Planalto e Onda Verde. No total, cerca de 750 trabalhadores foram alcançados pela ação operação. Em todos os locais visitados, os fiscais encontraram problemas no cumprimento das exigências de segurança, falta de sanitários e outras irregularidades.
Duas das situações mais graves foram identificadas em lavouras que serviam à Usina do Vale e à Usina Moreno. Na primeira propriedade, os auditores tiveram que interditar o plantio devido à total falta de segurança. Além de não terem sido fornecidos equipamentos de proteção (EPIs), o processo colocava trabalhadores sobre caminhões em movimento, distribuindo mudas a 4 ou 5 metros de altura sem qualquer proteção.
Na segunda usina, cerca de 60 trabalhadores em duas frentes de trabalho diferentes eram transportados por ônibus sem condição de rodagem, com documentação irregular, bancos quebrados, sem lanternas e ferramentas soltas dentro do veículo. Além disso, as propriedades não tinham sanitários, local apropriado para refeições, haviam problemas no fornecimento de água potável e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e os alojamentos dos trabalhadores, localizados em Macaubal, também apresentaram condições irregulares.
Os fiscais da SRTE/SP contaram com o apoio dos sindicatos de trabalhadores rurais da região. O coordenador do Grupo Rural, Roberto Martins de Figueiredo, destacou que a primeira ação do ano visou qualidade, e não quantidade. "Nosso objetivo foi atingido. A proposta não era fazer visitas a dezenas de propriedades, mas passar um pente fino nas principais empresas da região", comentou.
Assessoria de Comunicação da SRTE/SP