As modestas e acanhadas boticas do período colonial, que deram lugar às modernas e elegantes lojas de produtos farmacêuticos de hoje, empregam cerca de 430 mil trabalhadores, de acordo com dados da RAIS
Brasília, 05/09/2008 - Por trás das prateleiras primorosamente arrumadas das farmácias de hoje existe uma antiga história: há quase três mil anos, os chineses já desenvolviam remédios a partir da extração de princípios ativos das plantas. Quinze mil anos atrás, os egípcios preparavam medicamentos extraídos dos vegetais, sais de chumbo, cobre e ungüentos de banha de leão, hipopótamo, crocodilo e cobra. E, por fim, também os gregos, realizavam procedimentos de cura no interior dos templos. O grego Hipócrates, conhecido como pai da medicina, classificou os medicamentos dividindo-os em narcóticos febrífugos e purgantes, antes da era cristã, há 3,5 mil anos.
História à parte, o setor farmacêutico tem apresentado uma das maiores altas em termos de crescimento. Atualmente, é responsável por empregar 429.249 trabalhadores que atuam nas áreas de fabricação, comércio varejista e atacadista. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que revelam ainda os três estados com maior concentração. No topo, está São Paulo, que detém o maior número de profissionais: são 94 mil; na seqüência, Rio de Janeiro (46 mil) e Minas Gerais (43 mil).
No Brasil - No período colonial, o público se abastecia de drogas nas boticas. O termo era uma referência a uma caixa de madeira onde se acondicionavam medicamentos para serem transportados com mais facilidade em lombo de burros. Eram freqüentes os curandeiros ambulantes que percorriam as povoações e fazendas, mascateando remédios para a população do interior.
De acordo com o superintendente do Sindicato do Comércio Farmacêutico do Distrito Federal (SINCOFARMA), José Aparecido Junqueira Guimarães, as primeiras boticas da época da colonização pareciam, em seu aspecto, com barbearias. Modestas e acanhadas, localizavam-se em pontos centrais da cidade.
Nos séculos XII e XIII, os estabelecimentos de produtos farmacêuticos assemelhavam-se aos congêneres europeus. Situadas nas principais ruas, ocupavam geralmente dois compartimentos da casa - na sala da frente ficavam as drogas expostas à venda e, na outra, vedada ao público, era realizada a manipulação. "Hoje, graças à pesquisa e ao desenvolvimento da ciência, a cada dia as descobertas e avanços da área farmacêutica permitem ao ser humano viver uma vida melhor", destaca José Aparecido.
Mercado - Informações do portal da empresa Hanna Instrumentos Brasil (www.hannabrasil.com) mostram que, no primeiro semestre de 2008, o mercado farmacêutico apresentou alta de 8,3% em relação ao mesmo período de 2006 e foi um dos setores da economia que teve melhor desempenho no país.
O mercado farmacêutico mundial deve movimentar, até 2020, cerca de US$ 1,3 trilhão. A estimativa é o dobro do que o setor gera atualmente e tem base na crescente demanda por medicamentos e tratamentos preventivos. A estatística é da empresa de consultoria PrincewaterhouseCoopers e consta do portal da Hanna Investimentos Brasil.
Doenças - Sejam elas de ordem congênita, acidental ou sanitária - são tão antigas quanto à própria humanidade e, às vezes, não temos outra saída, senão a dos remédios. Ainda bem que existem e estão sempre estão ali, nas farmácias, de plantão, para nos socorrer. Claro que devidamente receitados pelo médico.
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