Brasil possui 7.191 profissionais que trabalham com carteira assinada. Deste total 77,6% são homens
Brasília, 22/11/2008 - Já bem diz o ditado popular: "quem canta seus males espanta". Então, no que depender de músicos registrados, não irá faltar alto astral por aqui. É que segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Brasil possui mais de 7 mil profissionais em atividade que trabalham com carteira assinada.
Mas engana-se quem pensa que músico é apenas aquele profissional que se apresenta em palcos. Isso porque eles podem atuar em diferentes áreas, como: arranjador, intérprete, regente, compositor, lecionando e, ainda, usando a técnica para ajudar pacientes por meio da Música Terapia.
No Brasil, dentre as atividades registradas na Rais, a maior concentração de músicos ocorre na área de intérprete instrumentista. São 2.878 profissionais em atividade, 1.291 apenas no Sudeste. A região também lidera outras ocupações, como músico regente (2.300) e intérprete cantor (665), que apresentam apenas na área sudeste do país 995 e 253 profissionais respectivamente. Porém uma curiosidade, o maior número de arranjadores encontra-se no Nordeste. Dos 1.348 músicos em atividade, 589 encontram-se na área - o Sudeste abriga 386 profissionais.
Outro ponto que merece destaque refere-se à diferença entre o número de homens e mulheres. Enquanto o primeiro ocupa 5.582 postos, o segundo responde por apenas 1.609 contratações.
Nascimento da Música - Desde os primórdios da civilização o homem já utilizava os sons para se comunicar, porém é na Grécia antiga que se tem os primeiros registros de composições musicais - referentes a dois hinos dedicados a Apolo (Deus da Música) que foram gravados 300 anos antes de Cristo nas paredes da Casa do Tesouro dos Delfos. Tanto que a palavra música é de origem grega e significa "força das Musas"-ninfas que ensinavam aos mortais as verdades dos deuses, semi-deuses e heróis usando a poesia, a dança e o canto lírico.
Segundo a mitologia grega depois da morte dos Titãs - filhos de Urano que duelavam com Zeus para terem a soberania do mundo - os deuses do Olimpo pediram ao Deus maior que criasse divindades capazes de cantar suas vitórias. Então, Zeus se deitou durante nove noites consecutivas com Mnemosina, a Deusa da Memória, e teve com ela nove Musas. Dentre todas, a da música era Euterpe que logo fez parte do cortejo de Apolo.
O Dia - Embora não haja lei federal que institua a data, o Dia do Músico é celebrado em 22 de novembro como forma de homenagear Santa Cecília, padroeira desses profissionais. Segundo a tradição católica, a Santa - que viveu em Roma durante o século III - desde muito nova decidiu ser casta e viver sobre os mandamentos da vida religiosa. Porém, indiferente às vontades de Cecília, seu pai a obrigou a casar com um homem chamado Valeriano. Sem ter como recusar o destino, a única saída para a moça foi convencer o marido a continuar em sua condição de virgem consagrada a Deus, o qual não apenas acatou ao pedido da jovem como também se converteu a sua religião.
Porém, conforme o costume católico, para convencer o marido Cecília cantou para ele a beleza da castidade. Além disso, durante as celebrações que promovia a Deus, ela sempre encantava a todos com suas melodias. É neste sentido que se encontra a espiritualidade, pois se diz que a canção é o caminho que leva o músico a falar com o Senhor.
Dia Internacional da Música - No Brasil, o Dia da Música é celebrado na mesma data em que o Dia do Músico. Porém, a combinação rítmica de melodias extravasa fronteiras e no mundo é comemorada no dia 1º de outubro. Tal escolha se deu porque em 1975 o renomado violinista Yehudi Menuhin (na época presidente do Conselho Internacional da Música) propôs a homenagem como forma de promover a arte musical e de colocar em prática os ideais da Unesco de paz e amizade entre os povos.
Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317 - 6537/2430 - acs@mte.gov.br