Brasil já soma 30.846 profissionais registrados no banco de dados do Ministério do Trabalho e Emprego
Brasília, 27/08/2008 - Há 46 anos o Brasil regulamentava a profissão de psicólogo e estabelecia normas para os cursos de Psicologia do país. E hoje, no mesmo dia em que entrou em vigor a Lei 4.119/62, a qual garantiu o reconhecimento da categoria, homenageamos esses profissionais. Segundo o Dicionário Aurélio, psicólogo é a "pessoa que tem conhecimentos intuitivos ou empíricos da alma humana". Definição que compactua com a origem etimológica da palavra, que veio do grego e significa "estudo da alma" - psique (alma) e logos (estudo). Se bem que, atualmente, muitas pessoas procuram esses profissionais com um objetivo muito particular: o de ter alguém confiável para dividir angústias e compartilhar problemas a fim de obter uma ajuda imparcial.
Ainda bem que não faltam psicólogos no país. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego obtidos por meio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), hoje já são mais de 30 mil profissionais registrados - 9.941 apenas no estado de São Paulo.
A segunda maior concentração é observada em Minas Gerais que, com 3.960 registros, aparece à frente de estados como Rio de Janeiro (2.982), Paraná (2.341) e Rio Grande do Sul (2.169).
Na Região Nordeste o destaque ficou por conta de Pernambuco e seus 1.237 profissionais. Já no Norte do país, foi o Pará que teve maior expressão, com 721 registros. No Centro-Oeste, o Distrito Federal respondeu com 599 psicólogos.
História - O homem sempre especulou sobre a alma e a sua capacidade intelectual, porém foi no século XIX que esses pensamentos foram complementados e fortificados com o reconhecimento da Psicologia como ciência. E o marco inicial para tal reconhecimento se deu com as formulações de Wilhelm Wundt, que em 1879 criou, na cidade de Leipzig (Alemanha), o Instituto Experimental de Psicologia - primeiro laboratório de Psicologia do mundo - e consagrou o método experimental como procedimento possível e adequado à problemática psicológica.
Wundt entendia a ciência como estudo da estrutura das funções detectáveis na experiência interior, nos processos psíquicos de sensação, percepção, memória e sentimentos; ou seja, para ele a consciência era o principal objeto de pesquisa da Psicologia. Concepção que levou muitos psicólogos científicos a formularem teorias opostas as pregadas por Wilhelm Wundt. Dentre essas talvez a mais conhecida seja a corrente behaviorista, que acreditava que a ciência só poderia existir com base em algo que fosse extremamente observável, como o comportamento.
Atualmente a Psicologia possui muitas escolas de estudo - algumas, inclusive, que se opõem entre si -, entre elas a estruturalista (para qual o importante é determinar os dados imediatos da consciência); a funcionalista (que privilegia as funções mentais ao invés do simples estudo da morfologia e estrutura); a behaviorista (com base no comportamento), a desenvolvimentista (relação desenvolvimento/ aprendizagem), entre outras. Vale lembrar que embora cada escola aborde o "eu" sob uma perspectiva própria, todas possuem o objetivo comum de tratar conflitos que desequilibram o emocional do indivíduo.
Aos psicólogos, de qualquer linha de atuação, parabéns pelo seu dia!
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