Data foi instituída por Dom Pedro II e depois confirmada na República em 1954. Rais indicava 13.273 profissionais nas categorias de bombeiro de aérodromo, bombeiro de segurança e salva-vida existentes no país em 2006
Brasília, 01/07/2008 - Em 2 de julho de 1856, Dom Pedro II assinou Decreto Imperial que regulamentava pela primeira vez a profissão de bombeiro no país. Nesta data, foi instalado o primeiro serviço organizado de bombeiros na capital do Império, criado a partir do modelo francês, instalado por Napoleão Bonaparte em 1811.
Antes disso, a importante missão de acabar com incêndios no Brasil se dava por iniciativa de toda a população. Um sino de alerta tocava e homens, mulheres e crianças - sem nenhum tipo de treinamento - ficavam em fila ao lado de poços de água e, com baldes nas mãos, tentavam chegar ao local que ardia em chamas. Já no tempo da República, em 1954, decreto presidencial confirmou o 2 de Julho como sendo a data dedicada à homenagear os bombeiros.
A preocupação em combater o fogo é antiga na história do homem. Já no século XVII a.C., o Imperador Hamurabi incluiu em seu famoso código as primeiras normas de prevenção contra incêndio.
De lá para cá, muito evoluiu a profissão e as exigências em relação ao bombeiro brasileiro. De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), estatística do Ministério do Trabalho e Emprego, havia 13.273 bombeiros no país em 2006 (nas categorias bombeiro de aérodromo, bombeiro de segurança e salva-vida). Destes, 12.784 (ou 96%) são do sexo masculino. A renda média mensal estava em R$ 1.004,54 naquele ano, contra R$ 939,77 em 2003. Todos os anos, os estabelecimentos do país fornecem os dados da Rais aos MTE, e 2006 é a estatística mais recente que o Ministério possui.
Atribuições - De acordo com Classificação Brasileira de Ocupações, é função dos bombeiros previnir situações de risco e executar salvamentos terrestres, aquáticos e em altura, protegendo pessoas e patrimônios de incêndios, explosões, vazamentos, afogamentos ou qualquer outra situação de emergência, com o objetivo de salvar e resgatar vidas; prestar primeiros socorros, verificando o estado da vítima para realizar o procedimento adequado; realizar cursos e campanhas educativas, formando e treinando equipes, brigadas e corpo voluntário de emergência.
Formação e experiência - Requer-se do bombeiro de segurança do trabalho e do salva-vidas o ensino fundamental completo, e do bombeiro aeródromo, o ensino médio completo. Exige-se curso básico de qualificação de 200 a 400 horas-aula para todos. Os salva-vidas civis, que atuam na orla marítima, costumam receber treinamento dado por Salva-vidas da Polícia Militar.
Competências pessoais - Acalmar vítima; especializar-se profissionalmente; utilizar técnicas de salvamento e combate a incêndios; elaborar estatísticas; apoiar instituições de combate a incêndio; trabalhar em equipe; zelar pelo meio ambiente; proteger patrimônio; requalificar-se profissionalmente; demonstrar prontidão; manter controle emocional; relacionar-se com a comunidade; demonstrar solidariedade e humanidade; trabalhar com ética; operacionalizar viaturas e embarcações; nadar com destreza; demonstrar resistência a fadiga; revelar coragem e inspirar confiança.
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