Segundo a Rais, setor empregava mais de 1,2 milhão de trabalhadores em 2006. Sem tirar a "mão da massa", profissionais contribuem para segmento que movimentou cerca de R$ 39 bilhões em 2007
Brasília, 08/07/2008 - Hoje é o comemorado o Dia do Panificador, coincidindo com a data de Santa Isabel, tida como padroeira dos padeiros e panificadores para os católicos. Estes profissionais, que literalmente "não tiram a mão da massa", são responsáveis por movimentar um segmento da economia onde a geração de empregos segue em ritmo de alta. Somente em 2006, a panificação contabilizou 1.287.393 empregos de padeiros com registro em carteira, segundo o último levantamento da Relação Anual de Informações (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Prova de que o setor tem criado novas oportunidades de trabalho ficam por conta dos quase 83 mil empregos de padeiros criados a mais na comparação com 2005. Acompanhando o movimento de alta, a remuneração média deste profissional também cresceu: passou de R$ 891,00 para R$ 943,00 entre 2005 e 2006.
A panificação é uma atividade muito antiga. Sua origem é na pré-história, quando diferentes povos descobriram que podiam utilizar grãos para alimentação, fazendo uma espécie de mingau ou cozinhando algum tipo de bolo não levedado. Mas o "pãozinho" só apareceu, mesmo, há cerca seis mil anos, quando os egípcios descobriram, sem querer, a fermentação do trigo.
Setor - Segundo levantamento do Programa de Apoio à Panificação (Propan), da Associação Brasileira das Indústrias de Panificação e Confeitaria (Abip) e da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), o setor é composto por mais de 52 mil panificadoras em todo o país, estando entre os seis maiores segmentos industriais do Brasil.
Em 2007, as vendas de panificados cresceram em média 13,25%, proporcionando um faturamento anual em torno de R$ 39,61 bilhões, sendo que destes, cerca de R$ 17,82 bilhões são de produção própria.
Além disso, o segmento conta com mais de 50 mil micros e pequenas empresas (96,3% das padarias brasileiras), e atendem em média 40 milhões de clientes por dia (21,5% da população nacional). A participação da panificação na indústria de produtos alimentares é de 36,2%, e na indústria de transformação representa 7% do total.
CBO - Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações, os profissionais da panificação (padeiro, confeiteiro e afins), planejam a produção e preparam massas de pão, macarrão e similares. Fazem pães, bolachas e biscoitos e fabricam macarrão. Elaboram caldas de sorvete e produzem compotas. Confeitam doces, preparam recheios e confeccionam salgados.
Também redigem documentos tais como requisição de materiais registros de saída de materiais e relatórios de produção. Trabalham em conformidade a normas e procedimentos técnicos e de qualidade, segurança, higiene, saúde e preservação ambiental.
Demais informações sobre a ocupação estão disponíveis no site: http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=8483-05
História - A relação entre o Dia do Panificador e o da padroeira da categoria, Santa Isabel, se deu por conta de um milagre. Segundo informações na página da Abip, no ano de 1333, Portugal passava por um período de fome. Na época, estava à frente do poder o rei D. Diniz, casado com D. Isabel.
A fim de aliviar a situação de fome, D.Isabel empenhou suas jóias e mandou vir trigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, mantendo seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.
Num desses dias de distribuição, o rei apareceu inesperadamente. Temendo a censura, ela escondeu os pães no colo, cobrindo-os. Percebendo, o rei perguntou o que tinha no colo. "Rosas", respondeu Isabel.
Então, o rei pediu para vê-las. Isabel abriu os braços e, no chão, caíram rosas frescas.
Por conta disso, Santa Isabel tornou-se padroeira dos padeiros e panificadores, tendo a categoria seu dia comemorado todo dia 8 de julho.
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