Em encontro com o ministro do Trabalho italiano, Maurizio Sacconi, o líder da pasta no Brasil discutiu a implantação da Casa do Trabalhador naquele país e repercutiu as ações frente a crise financeira
Foto: Max Monjardim
ENCONTRO BILATERAL
Ministro Carlos Lupi e o líder da pasta Trabalho da
Itália, Maurizio Sacconi
Brasília, 27/03/2009 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, encontrou-se hoje com o equivalente italiano em Roma. Lupi e Maurizio Sacconi trocaram experiências sobre o mercado de trabalho e as ações das pastas em cada país e discutiram os impactos da crise financeira em todo mundo. O ministro brasileiro falou ainda sobre a importância dos governos voltarem suas ações para os trabalhadores, sobretudo em momento de turbulências externas.
"Existe o Fundo Monetário Internacional para cuidar do sistema financeiro, mas não existe um fundo internacional para proteger o trabalhador", destacou Lupi.
Carlos Lupi reforçou o interesse em acelerar a contrução da Casa do Trabalhador em Roma. O primeiro esforço do Ministério do Trabalho e Emprego para levar informações aos migrantes foi a publicação da cartilha 'Brasileiras e Brasileiros no Exterior', com dicas para quem mora ou pensa em viver fora do país. O segundo e mais contundente passo foi a inauguração da primeira Casa do Trabalhador, em Foz do Iguaçu. Funcionando há mais de seis meses, auxilia os brasileiros que vivem no Paraguai e na Argentina.
Atualmente, estão avançadas as articulações para criação da segunda e terceira casas, em dois países que recebem muitos migrantes brasileiros: Japão e Itália.
Fundacentro - Outro tema da conversa entre Lupi e Sacconi foi a parceria e cooperação técnica entre a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), entidade vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego e referência na área de saúde e segurança no trabalho. Ficou decidido que a Itália mandará sua equipe para conhecer a metodologia utilizada pelo Brasil para estudar doenças relacionadas ao exercício de atividades laborais.
O ministro italiano aproveitou para elogiar o país por ter tomado a dianteira e retomado a geração de empregos em meio à crise nos demais lugares do mundo. Em fevereiro o saldo de vagas criadas foi de mais de 9 mil, revertendo a curva de queda de postos durante os meses de novembro, dezembro e janeiro.
Para Sacconi, é importante debater e analisar ações nacionais e internacionais a serem adotadas para lidar com o desemprego gerado pela crise econômica. "Especialmente no que diz respeito ao apoio à renda de famílias afetadas pela crise e a capacidade de suas vítimas de retornar ao mercado de trabalho", diz o ministro italiano.
Agenda - Lupi está na Itália para participar da Reunião de ministros do Trabalho do G8, bloco formado por França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Rússia. Além do Brasil, outros cinco países convidados participam das discussões: China, Índia, África do Sul, México e Egito.
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