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Lupi não acredita em demissões em 2009

Durante coletiva em Brasília o ministro apresentou cálculos com a projeção de geração de empregos no ano que vem, relacionada a ações pontuais do Ministério do Trabalho e Emprego

Foto: Renato Alves

Ministro Carlos Lupi apresenta os dados do emprego formal de outubro de 2008.

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Ministro Carlos Lupi apresenta os dados do emprego

formal de outubro de 2008.

 

Brasília, 20/11/2008 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, fez uma defesa da ação do governo brasileiro em relação à crise financeira internacional. Por isso, ele mantém a sua previsão de que em 2009 serão gerados cerca de 1,8 milhão de vagas com carteira assinada, decepcionando quem aposta numa desaceleração forte da criação de postos formais de trabalho. O ano de 2008 deve terminar com o mercado formal criando 2 milhões de vagas. A favor desta expectativa do ministro estão os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Hoje Lupi apresentou os dados acumulados até outubro: mais de 2,14 milhões de novas vagas. 

"A gente está medindo cada setor onde tem dificuldade e tomando decisões rapidamente. Como aconteceu com outros países, não estamos esperando a crise estourar e depois de um ano tomar providências. Antes da crise chegar - porque continuamos gerando empregos - estamos tomando medidas concretas para que não falte financiamento nem a quem produz, nem a quem quer comprar", disse Carlos Lupi. 

Durante coletiva em Brasília o ministro apresentou cálculos da relação entre o orçamento operacional do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço em 2009 com a geração de empregos. Com o que já foi aprovado pelo Conselho Curador do FGTS para o ano que vem, é possível vislumbrar a criação de 1,378 milhão de vagas, diretamente relacionadas com a distribuição de recursos através das três linhas principais do Fundo. Para a o setor de infra-estrutura urbana, cerca de 4,511 milhões de habitantes devem ser beneficiados com os recursos alocados na construção de novas estradas, pontes, ferrovias. O que deve empregar cerca de 161 mil pessoas. 

Já para o saneamento básico, os recursos destinados pelo FGTS em 2009 devem beneficiar 20,7 milhões de pessoas; espera-se que, para isso, sejam empregadas mais de 740 mil trabalhadores. Para habitação popular, o valor destinado em 2009 deve ser responsável por mais de 288 mil novas unidades de moradia; o que deve gerar diretamente cerca de 476 mil empregos para o setor da construção civil.  

Áreas Orçamentárias / Locações Metas Físicas Emprego Gerados
Unidade Quantidade
Habitação Popular Unid. Habitacionais 288.260 476.735
Saneamento Básico Habitantes Beneficiados 20.751.111 740.600
Infra-estrutura Urbana Habitantes Beneficiados 4.511.111 161.000
   
Total     1.378.335

"A construção civil é o setor que tem o maior crescimento na geração de empregos no Brasil. Esta área mexe com algo que é muito importante para o cidadão brasileiro: ter a sua casa própria. Então esta demanda existe. Temos ainda mais de 10 milhões de déficit de unidades habitacionais. Precisamos continuar investindo neste setor, que precisa de linhas de crédito. Nós temos feito isso. E vamos continuar trabalhando fortemente para que não faltem recursos", disse Lupi.  

De fato, entre janeiro e outubro de 2008 a construção civil gerou 303.031 postos celetistas de trabalho, uma alta de 19,8% no ano, bem acima da média de crescimento nacional (7,42%). "Isso não é à toa. O governo está agindo fortemente e o Ministério do Trabalho e Emprego faz a sua parte com os recursos do FGTS e do FAT, trazendo mais investimentos para o mercado e para o consumidor", destacou o ministro. 

Conselho Curador do FGTS - É um colegiado tripartite composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo Federal. O presidente do Conselho é o ministro Carlos Lupi. No último dia 30 de outubro o conselho aprovou o orçamento para 2009, prevendo R$ 11,8 bilhões no financiamento habitacional. Somente para habitação popular foram aprovados R$ 7,4 bilhões, quase 40% a mais que o orçamento passado, quando foram reservados 4,4 bilhões. Para subsidiar a compra da casa própria para famílias de baixa renda - que recebem até 5 salários-mínimos - o FGTS reserva R$ 1,6 bilhão no orçamento de 2009. O Pró-Moradia terá R$ 1 bilhão e o Pró-Cotista também vai receber R$ 1 bilhão, mesmo orçamento desse ano.

 

Mais informações:
-
Brasil gerou mais de 2,14 milhões de vagas com carteira assinada até outubro

 

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