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Ministro Lupi discursa em reunião do G-20
Modelo econômico que prioriza o mercado financeiro está esgotado, diz ministro do Trabalho em reunião internacional
Brasília, 13/07/2011 – A geração de empregos deve ser a meta prioritária da política econômica global, afirmou nesta segunda-feira (12), o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Ele viajou até a cidade de Buenos Aires, na Argentina, para palestrar durante encontro de ministros do Trabalho do G-20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e mais a União Européia.
Segundo Lupi, os bons resultados da economia brasileira indicam um novo caminho de gestão, com foco na geração de postos de trabalho e nas questões sociais.
"A crise financeira mundial iniciada em 2008 mostrou a falência de um modelo econômico que prioriza o capital financeiro e possui um custo social inaceitável, capaz de desagregar nações inteiras. Geramos mais de um milhão de empregos formais nos últimos cinco meses graças a políticas que conseguem aliar o desenvolvimento econômico à questão social, como aumento real do salário mínimo, a construção de um milhão de casas populares e os programas de transferência de renda. Nosso foco é o ser humano”, comentou.
Na avaliação do ministro, os países mais afetados pela crise devem concentrar seus esforços na geração de empregos formais e no fortalecimento do mercado interno, com investimentos no setor produtivo.
"Os sábios da economia não previram a crise e ainda não descobriram que o melhor índice para avaliar o crescimento de um país é a geração de postos de trabalho. A expansão do mercado formal garante a distribuição de renda e indica um crescimento sustentável, com um mercado interno forte — exatamente o que protegeu o Brasil contra a crise", analisou.
Desde a crise financeira mundial de 2008, os ministros de finanças e de trabalho do G-20 têm realizado encontros periódicos para propor estratégias de revitalização e proteção da economia.
A reunião realizada esta semana em Buenos Aires também contou com a presença de representantes de países do Mercosul e entidades internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A próxima reunião está prevista para setembro, na França.
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