Iniciativa do ministro brasileiro será incluída no documento que o Grupo de países mais ricos do mundo encaminhará à reunião do G-20, que acontece ainda esta semana, em Londres
Foto: Max Monjardim
G8
Ministro Carlos Lupi (esq) apresenta desempenho do
Brasil frente à crise na Itália
Roma (Itália), 31/03/2009 - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, propôs nesta terça-feira que o documento conclusivo do encontro de Ministros do Trabalho do G-8 ampliado, que acontece desde ontem em Roma, contenha a referência de que investimentos públicos estejam atrelados à manutenção e à geração de empregos. Este documento será encaminhado no próximo encontro do G-20, que acontece em Londres, a partir desta quinta-feira (2) e que contará com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
O Brasil, representado pelo ministro Lupi, participa como convidado do encontro que reúne o bloco dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia, além dos convidados Brasil, África do Sul, Índia, China, México e Egito.
"É importante que os países em desenvolvimento que estão investindo em suas economias, como o Brasil, apliquem a contrapartida social de garantia do emprego para evitar um colapso maior com a crise internacional. Não adianta governos de todo mundo injetarem bilhões de dólares na economia e os empresários que se beneficiam destes financiamentos continuem demitindo. Lá no Brasil nós já atrelamos a redução de impostos a esta garantia", afirmou Lupi em seu discurso, lembrando da prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciado pelo Governo esta semana. O ministro falou ainda do acordo inédito firmado entre a pasta brasileira e as concessionárias de carros usados para a não-demissão de seu quadro.
Outro ponto reforçado pelo ministro Carlos Lupi foi a experiência do encontro de alto nível realizado em janeiro, no Chile. De iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), participaram da reunião, além do Brasil, os ministros do Trabalho de México, Argentina, Uruguai e Chile. No encontro, documento assinado pelos países já previa a contrapartida de garantia de empregos atrelada a empréstimos públicos.
"Tenho convicção de que esta é uma das melhores medidas para evitar que a crise atinja ainda mais os países em desenvolvimento. No Chile, por iniciativa do Brasil, já foi assinado este documento, e isso demonstra que estamos no caminho correto", garantiu Lupi.
FMI - Hoje pela manhã no encontro do G-8 houve palestra do diretor do Fundo Monetário Internacional, Jonh Lipsky. Ao encerrar sua paletra, o dirigente do FMI ouviu a sugestão de Lupi para que o Fundo pense, além de criar linhas de financiamentos aos países, no investimento na qualificação profissional dos países que contraem empréstimos. Lupi acredita que os países em desenvolvimento não precisam apenas de dinheiro, mas de mão-de-obra qualificada para impulsionar suas economias.
"Nao havíamos ainda pensando nisso, mas levarei ao Fundo esta questão", respondeu Lipky.
Agenda - Lupi está na Itália para participar da Reunião de ministros do Trabalho do G-8, bloco formado por França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Rússia. Além do Brasil, outros cinco países convidados participam das discussões: China, Índia, África do Sul, México e Egito.
Mais informações:
- Site oficial do G-8 2009
- Brasil apresenta ao G-8 suas armas anticrise
- Ministros do Trabalho da América Latina assinam documento da OIT pedindo garantias de emprego
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