Mais de 13 mil autorizações de trabalho concedidas a estrangeiros no primeiro trimestre
Número é 13% superior ao primeiro trimestre de 2010. Mais de 12 mil autorizações são temporárias. Concessão a artistas estrangeiros e tripulantes de navios de turismo impulsionaram o crescimento
Brasília, 27/06/2011 – No primeiro trimestre de 2011 foram concedidas 13.034 autorizações de trabalho para estrangeiros, de acordo com dados da Coordenação Geral de Imigração (CGIg), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é 13% superior ao do mesmo período do ano passado, quando foram concedidas 11.530 autorizações.
Segundo o Coordenador Geral de Imigração e presidente do Conselho Nacional de Imigração (Cnig), Paulo Sérgio de Almeida, esse dado é consequencia do crescimento da economia do país.
“Em linhas gerais, reflete a pujança dos investimentos responsáveis pelo crescimento da economia brasileira, seja de empresas brasileiras que vêm adquirindo máquinas, equipamentos e tecnologia no exterior e com isso necessitando da vinda de técnicos estrangeiros para a sua implementação; seja de novas empresas de capital estrangeiro que estão se estabelecendo no país, aproveitando o crescimento sustentável brasileiro, e que em geral necessitam de profissionais estrangeiros para o início de suas operações”, esclarece.
Almeida ainda aponta fatores específicos que contribuíram para o aumento das autorizações entre janeiro e março deste ano.
“Foram concedidas a haitianos autorizações para permanência no Brasil, por questões humanitárias. A realização de espetáculos no Brasil também aumentou, elevando em aproximadamente 700 autorizações para artistas estrangeiros, e cerca de 900 autorizações a mais foram concedidas para tripulantes a bordo de navios de turismo estrangeiro operando no Brasil”, pontua.
Também dobrou a vinda de estrangeiros com títulos de mestres, doutores e pós-graduados para o Brasil, passando de 163 nos três primeiros meses de 2010 para 323 este ano. Desse total de 2011, 265 tinham mestrado, 48 tinham doutorado e 110 pós-graduação. A maior quantidade de autorizações foi concedida para estrangeiros com Nível Superior Completo ou Habilitação Legal Equivalente, totalizando 6.831.
As autorizações para profissionais que trabalham a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira que operam no Brasil prestando apoio ao setor da exploração e produção de petróleo e gás no mar somaram o maior número entre as temporárias, com 3.710. No entanto, foram expedidas cerca de mil autorizações a menos para essa categoria se comparado com o mesmo período de 2010. Logo após vem a Assistência técnica por até 90 dias, sem vínculo empregatício, com 2.468 autorizações concedidas.
Entre os estados que mais receberam trabalhadores estrangeiros no período estão o Rio de Janeiro, com 5.286 autorizações concedidas, São Paulo, com 4.990, e Minas Gerais, com 550. O Piauí foi o único estado que não recebeu nenhum trabalhador estrangeiro.
Por país de origem, a maior quantidade de trabalhadores com autorizações concedidas entre janeiro e março foi dos Estados Unidos, em um total de 1.857 autorizações. Em seguida vem as Filipinas com 1.183, o Reino Unido, com 1.042, e a Alemanha, com 759. Entre os países da América do Sul, a maior quantidade de autorizações foi para os colombianos, com 221. Entre os países do Mercosul, a Venezuela lidera a lista, com 141 autorizações concedidas.
Investimento – O investimento de estrangeiros como pessoa física que buscam residir no Brasil teve um aumento de aproximadamente 13%, chegando a R$ 35,76 milhões no primeiro trimestre de 2011 contra R$ 31,66 no mesmo período de 2010.
“É investimento externo direto, via Banco Central, e aplicado no capital social de empresa brasileira, gerando mais empregos a brasileiros”, explica Paulo Sérgio de Almeida.
Os italianos foram os que mais efetuaram investimentos no Brasil entre janeiro e março deste ano, com um total de R$ 7,29 milhões. A Espanha vem em segundo lugar, com R$ 5,31 milhões, e Portugal em terceiro com R$ 4,36 milhões. Entre os estados, o que mais recebeu investimentos foi São Paulo, com R$ 10,80 milhões, seguido do Ceará, com R$ 4,70 milhões, e do Rio de Janeiro, com R$ 4,39 milhões.
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