Trabalhadores que atuavam em uma fazenda de gado não possuíam registro, dormiam em espumas finas sobre tábuas e se serviam de água inapropriada para o consumo e higiene
Brasília, 10/05/2011 – Auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
Segundo as auditoras responsáveis pela ação, Ana Costa e Andrea Bertolino, nas frentes de trabalho não havia instalações sanitárias, local adequado para refeições e os trabalhadores não recebiam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para a realização da atividade. Para chegarem ao local de trabalho eles precisavam caminhar por cerca de uma hora sem qualquer proteção contra intempéries. Além disso, devido ao sol forte, alguns sofreram queimaduras. Para agravar a situação as foices utilizadas no trabalho estavam fora do padrão, fator de provocava desgaste extra aos trabalhadores.
Ainda segundo as auditoras, o alojamento estava em péssimas condições de higiene e conforto, com abrigos sem portas e janelas,
Ana Costa ressaltou que a água utilizada pelos trabalhadores procedia de fontes inadequadas para consumo. ”Nas frentes de trabalho eles tomavam água colhida diretamente do córrego, no alojamento eles bebiam a água de uma cisterna mantida a céu aberto e para a higiene pessoal era usada a água de um tanque, a mesma utilizada para fornecer água aos animais da fazenda”, relatou.
O cálculo das remunerações e verbas rescisórias alcançou R$ 37 mil. Considerando que o responsável pela fazenda se recusou a assumir a responsabilidade pelo vínculo empregatício perante a Auditoria Fiscal do Trabalho, os procedimentos para o pagamento serão assumidos pelo Ministério Público do Trabalho. As despesas com passagens de retorno para os locais de origem de quatro dos regatados, alimentação e hospedagem de todo o grupo - desde o início da operação até hoje, segunda-feira (9) -, foram assumidas pelo MTE.
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