Foram criados 12.040 novos postos de trabalho, número que coloca o estado em sétimo lugar no ranking dos estados que mais geraram empregos em setembro
Brasília, 15/10/2008 - O saldo da geração de empregos formais no Brasil continua batendo recordes em setembro e Minas Gerais segue em ritmo forte com o país. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, esta quarta-feira (15), em setembro deste ano foram gerados 12.040 novos postos de trabalho no estado mineiro, uma alta de 81% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado, quando 2.258 empregos formais haviam sido gerados.
Os números do Caged do mês de setembro colocam Minas Gerais em sétimo lugar entre os estados que mais geraram empregos no Brasil. Os mais de 12 mil postos criados representam uma alta de 0,36% em relação ao estoque do mês anterior (agosto). Minas já acumula 282.143 novos empregos ao longo deste ano e apresenta o quarto maior percentual de crescimento do período: 9,05%.
O setor de Serviços criou 16.514 (+1,40%) postos de trabalho e foi o responsável pela maior parte da geração de empregos em Minas. Logo em seguida está a Indústria de Transformação, com 7.615 (0,98%); e Comércio, 7.550 (1,08%). A Construção Civil aparece como o setor que mais cresceu percentualmente, 2,15% (5.921 postos), seguido da Extrativa Mineral (478), Serviços Industriais e de Utilidade Pública (56) e Administração Pública (15).
O setor da Agropecuária apresentou saldo negativo na geração de vagas em setembro: -26.109 empregos. Este resultado se deve ao período de entressafra no Centro-Sul do país. Principalmente no cultivo de café: quando foram perdidos 22,4 mil postos em Minas Gerais. "A entressafra do café foi muito forte para a queda na agricultura do estado, mas mesmo assim, o desempenho de setembro deste ano é bastante significativo, se comparado ao mesmo período de 2007 e 2006", destacou o ministro Carlos Lupi.
Em setembro de 2006, a entressafra teve número tão significativo de demissões que acabou afetando o saldo de todo o estado mineiro. Na ocasião, foram -9.896 vagas formais. No mesmo mês de 2007, houve recuperação do setor Agrícola de Minas Gerais com menos demissões e o saldo total do estado foi de 2.258.
O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Alysson Paixão de Oliveira Alves, explica que no período de entressafra, momento do plantio até a colheita, o dinamismo da atividade rural decresce e somente na colheita que ocorre pico na demanda de mão-de-obra. "A retomada dos empregos na agropecuária começará junto com o período de chuva, quando há o processo de plantio. Porém, não podemos esquecer o reflexo do impacto da mecanização no plantio de cana-de-açúcar e de café, ou seja, o desenvolvimento tecnológico está substituindo alguns postos de trabalho", disse.
Municípios - Seguindo o ritmo de geração de empregos do agosto, Belo Horizonte continua sendo o município que mais emprega em Minas Gerais. Foram 16.843 novos postos, em seguida aparece Ipatinga, com 1.826; e Uberlândia, com 1.612.
Brasil - O mês de setembro manteve a seqüência de resultados mensais altamente favoráveis no mercado formal de trabalho. Segundo os dados do Caged, o nível de emprego com carteira assinada no Brasil elevou-se em 0,92% no nono mês do ano, o que corresponde à criação de 282.841 vagas com carteira assinada. Este é o maior resultado da série histórica do Caged para setembro, tendo superado em 12,6% o recorde anterior, atingido no ano de 2007 (+251.168 postos ou + 0,88%).
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, manteve a projeção de crescimento de emprego para este ano em 2,1 milhões, revista no mês passado. Segundo Lupi, a crise americana não deve afetar as contratações, pois o país apresenta uma economia com base muito sólida. "Temos crescimento em todos os setores e por todas as regiões do país. A economia brasileira é superavitária. Poderá ter, no setor de exportação, algum efeito pequeno na contratação, e só a partir do segundo semestre de 2009. Mesmo assim, prevejo 2009 muito positivo, novamente com mais de 1,8 milhão de empregos gerados. E como já havia dito antes, 2008 fechará com mais de 2,1 milhões de novos postos formais de trabalho", afirmou Lupi.
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