Parceria foi estabelecida em memorando assinado pelos ministros do Trabalho da Itália e do Brasil, em 2007, e prevê também a possibilidade de levar o brasileiro a fazer intercâmbio na Itália
Brasília, 17/04/2009 - Com intenção de aprimorar a gestão pública de emprego e renda, os Ministérios do Trabalho do Brasil e da Itália estiveram reunidos entre os dias 15 e 16 na sede do MTE, em Brasília. As delegações trocaram experiências no setor e devem estudar, a partir de então, como uma poderá contribuir para o melhoramento da outra. Para o secretário de Políticas Públicas de Emprego, Ezequiel Nascimento, a ideia é estudar o modelo existente na Itália e tentar aproveitá-lo de acordo com as necessidades do mercado brasileiro.
"O sistema público italiano é muito individualizado e, portanto, achamos que isso pode ser utilizado nos postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine), como uma forma de humanizar os serviços. Ou seja, fazendo com que o cidadão seja o centro das políticas públicas de trabalho, emprego e renda, respeitando suas particularidades, seus problemas, local onde reside, idade", disse completando "Não é só um modelo a ser seguido, é também admitir que existam particularidades entre os cidadãos e devemos observá-las ao oferecer-lhes assistência, seja profissional ou social".
A parceria foi estabelecida em memorando assinado pelos ministros do Trabalho da Itália e do Brasil, em 2007, e prevê também a possibilidade de levar o brasileiro a fazer intercâmbio na Itália. Ademais, como existem cerca de 31 milhões de descendentes de italianos vivendo no Brasil, poderá haver um projeto de qualificação específico para eles.
O Modelo Brasileiro - No Brasil, existem muitos Programas de inserção social e profissional para pessoas de baixa renda. O MTE é responsável e coordena a maioria deles. O ProJovem Trabalhador, composto por Juventude Cidadã, Consórcio Social da Juventude, Escola de Fábrica e Empreendedorismo Juvenil, é apenas algumas formas de ajudar jovens entre 18 e 29 anos. Pode-se citar também a Aprendizagem Profissional, especial para jovens entre 14 e 18 anos incompletos, a Intermediação de Mão-de-Obra realizada nos postos do Sine, além de Programas de Assistência para empregados e desempregados como o Seguro Desemprego, PIS/PASEP, Bolsa Qualificação, entre outros.
O Modelo Italiano - Desde 2008 o sistema público de emprego e renda italiano centraliza-se no ser humano, não no serviço. Ou seja, toda e qualquer atividade de qualificação, bem como assistência social e transferência de renda, são focadas na individualidade de cada cidadão italiano, no sexo, na idade, nas condições individuais. Quem mais tem, mais pode contribuir aos que não possuem recursos ou emprego. A qualificação é focaliza para que, de fato, o cidadão seja empregado. Além disso, lá o trabalhador imigrante tem os mesmos direitos que o cidadão italiano.
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