Projeto vai atender 6 mil jovens, provenientes de famílias de baixa renda, de 32 municípios do estado. Qualificação será nas áreas de agro-extrativismo, alimentação, arte, construção e reparos, gráfica, vestuário, entre outros
Brasília, 28/08/2008 - Qualificação profissional, formação em cidadania e elevação da escolaridade. Para seis mil jovens de baixa renda do estado da Paraíba, participar de um programa como este já é uma realidade. Nesta quinta-feira (28), em Campina Grande, aconteceu a aula inaugural do Projeto Juventude Cidadã, resultado da parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o governo do estado. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, participou do evento.
O objetivo é formar os estudantes - provenientes de famílias carentes com idade entre 16 e 24 anos, de baixa escolaridade e que se encontram em situação de risco social - em atividades que necessitem de mão-de-obra qualificada, de acordo com a característica da região, facilitando a entrada no mercado de trabalho. Depois de formados, cerca de 1.800 serão encaminhados para alguma oportunidade de emprego, o que equivale a 30% dos estudantes, meta obrigatória estabelecida pelo MTE.
A iniciativa conta com o investimento de R$ 8,5 milhões provenientes do MTE para qualificação social e profissional. Com duração de cerca de 300 horas, sendo 100 horas de qualificação básica e 200 de oficina-escola. O curso prevê a formação em cidadania e direitos humanos; qualificação social e profissional; prestação de serviços voluntários à comunidade; estímulo e apoio efetivo à elevação da escolaridade e inserção no mercado de trabalho.
Cursos - Depois de passarem pela qualificação básica do primeiro módulo, os estudantes terão oportunidade de cursar oficinas profissionalizantes de agro-extrativista, alimentação, arte e cultura, construção e reparos (revestimentos e instalações), esporte e lazer, gráfica, telemática e vestuário.
Abrangência - O programa abrange 32 municípios, sendo Araruna, Areia, Bananeiras, Bayeux, Boqueirão, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do Rocha, Conceição, Coremas, Esperança, Guarabira, Itabaiana, Itaporanga, João Pessoa, Mamanguape, Patos, Piancó, Picuí, Pombal, Princesa Isabel, Remígio, Santa Luzia, Santa Rita, São José do Rio Peixe, São José de Piranhas, Sapé, Solânea, Souza, Sumé e Gurinhém.
Arcos ocupacionais - Um dos diferenciais do Projeto Juventude Cidadã fica por conta da metodologia de ensino. O programa permite que um aluno, ao ser qualificado num só curso, receba o certificado para trabalhar em quatro ocupações relacionadas à cadeia.
Numa oficina de serralheiro, por exemplo, o jovem estará apto a trabalhar em serralheria, funilaria, com vendas de peças de carro ou como auxiliar administrativo em uma loja de autopeças. Ou seja, ele consegue quatro ocupações e, dependendo do curso, poderá exercer, também, a profissão de autônomo.
Novos rumos - A partir deste ano, o Juventude Cidadã estará inserido no novo ProJovem, lançado no final do ano passado pelo Governo Federal. Além de ampliar o atendimento aos jovens excluídos da escola e da formação profissional, o novo programa foi criado a partir da integração de seis ações já existentes, provenientes da Secretaria Nacional da Juventude e dos ministérios do Trabalho e Emprego, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Educação.
O ProJovem Trabalhador, como será chamado o programa do MTE, vai unificar o Juventude Cidadã e o Consórcio Social da Juventude, ampliando a faixa etária de atendimento para jovens entre 18 e 29 anos.
Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317 - 6537/2430 - acs@mte.gov.br