Solenidade ocorreu nesta sexta-feira (27). Serão 150 mil trabalhadores qualificados em quatro anos, nas 12 cidades sedes da Copa do Mundo.
Brasília, 27/08/2010 - O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, lançou nesta sexta-feira (27), no Rio de Janeiro, o Plano Setorial de Qualificação (Planseq) Copa do Mundo. No total, 150 mil trabalhadores serão qualificados até 2014, com um investimento de R$ 124.260.000,00 provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Os cursos de qualificação serão voltados para capacitar trabalhadores para os setores demandados pelo evento, como Turismo e Transporte.
Serão 25 cursos gratuitos em áreas como bilheteiro de metrô e de trem, cobrador de ônibus, frentista, motorista de ambulância, de ônibus urbano e de taxi, camareiro, cozinheiro, garçom, guia de turismo, manobrista, mensageiro, telefonista, recepcionista, artesão, vendedor ambulante, baianas de acarajé, empreendedor individual, entre outros. As ações de qualificação do MTE são articuladas ao setor produtivo e dão possibilidades concretas para a inserção no mercado de trabalho.
O ministro Carlos Lupi ressaltou a importância do Brasil ter profissionais de serviços e atendimento direto ao público bem preparados para atender os turistas. "Mais de 1,5 bilhão de pessoas assistiram a última Copa do Mundo. A imagem do país sede que vai pela TV para todo o planeta é avassaladora, além dos turistas que estarão presentes pessoalmente para assistir os jogos. Por isso, precisamos estar bem preparados não só em infraestrutura, que já vem sendo feita pelo Governo Federal, mas também em mão de obra qualificada. O povo africano deu exemplo de cordialidade e fez uma copa muito bonita, o que prova que toda a infraestrutura montada não é nada se o povo não estiver bem preparado para receber um evento deste tamanho. E o Brasil já é um país naturalmente anfitrião. O que estamos fazendo agora é qualificar o povo brasileiro".
O presidente do Instituto João Havelange, César Braga, parceiro do Planseq Copa do Mundo, falou que o programa irá qualificar o sorriso brasileiro. "Ouvimos falar sempre da necessidade de infraestrutura, mas o que fica na memória é a impressão de como somos recebidos em um país que visitamos. Isso é o que faz o turista voltar ao país em outras oportunidades".
O secretário municipal de Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro, Augusto Lopes de Almeida Ribeiro, também destacou a importância de preparar os trabalhadores para o mundial. "Para que se faça a Copa do Mundo com excelência os trabalhadores precisam estar preparados para atender aos turistas que vem acompanhar esse grande evento".
O Planseq Copa do Mundo será executado nas 12 cidades sedes do mundial de futebol - Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador. As cidades localizadas do entorno das sedes também serão beneficiadas.
O secretário de Políticas Públicas de Emprego, do MTE, Carlo Simi, lembrou que o Brasil não está se preparando apenas para a Copa do Mundo, mas também para as Olimpíadas de 2016 e a Copa das Confederações em 2013. "Todos esses eventos se somam ao crescimento do país e é preciso qualificar a mão de obra brasileira para atender aos postos de trabalho que serão criados e que serão mantidos depois. Este é o legado do emprego. Para isso o MTE vem desenvolvendo programas como o Próximo Passo, Planseq Afrodescendente, Planseq Trabalhadores Domésticos, Projovem Trabalhador, além de Planseqs e Planteqs em todo o Brasil", reforçou.
Planseq - Os Planseqs fazem parte do Plano Nacional de Qualificação (PNQ), criado em 2003. A demanda por qualificação é identificada com foco em setores econômicos, oportunidades concretas de geração de trabalho e renda, e em populações vulneráveis, a partir de iniciativas governamentais, sindicais, empresariais ou sociais. Os cursos contribuem para o aumento da possibilidade de obtenção de emprego e trabalho; da inclusão social; da redução da pobreza; do combate à discriminação; entre outros.
Desde sua criação, o PNQ já qualificou mais de 800 mil trabalhadores e tem a expectativa de, até 2011, ter beneficiado cerca de 1,5 milhão de pessoas. Desde 2003, já foram investidos R$ 600 milhões em cursos de qualificação, com recursos do FAT. Do total de trabalhadores qualificados, mais de 80% foram encaminhados para o mercado de trabalho.
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