Secretária de Assistência Social do governo do Rio de Janeiro veio à Brasília para falar sobre inserção da mulher no setor
Foto: Renato Alveas
Audiência com a secretária Benedita da Silva
Ministro Carlos Lupi durante audiência com a secretária
de Assistência Social e Direitos Humanos do estado do
Rio de Janeiro, Benedita da Silva
Brasília, 30/01/2008 - Mulheres do Rio de Janeiro colocarão "mãos à obra". Pelo menos é o que pretende a Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Benedita da Silva. Em audiência com o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, nesta terça-feira (29), a secretária solicitou recursos para pôr em prática projeto que ajudará na capacitação de mulheres na área da construção civil.
Com o nome sugestivo de 'Mãos à obra', o programa já mobilizou 35 comunidades e tem por objetivo inserir a mulher em uma área que encontra carência de trabalhadores. "Na favela não tem isso de mulher fraca. Sabemos trabalhar, colocar azulejo e massa. Nós que fazemos nossa casa toda por dentro, e mesmo assim não há mercado para a gente", lembrou Benedita
Porém, ao procurar o MTE em busca de recursos, a secretária descobriu que o ministério já possui projeto similar. "Para acompanhar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Presidente da República nos pediu para criar um programa nacional de qualificação, voltado para a área da construção civil. E assim nós fizemos, considerando as particularidades de cada estado", ressaltou o ministro Carlos Lupi.
Plano Setorial de Qualificação - Por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o Ministério do Trabalho e Emprego - em conjunto com Ministério do Desenvolvimento Social e com a Casa Civil - está desenvolvendo projetos de qualificação social e profissional de beneficiários do programa Bolsa Família. O objetivo é inserir esses trabalhadores em postos que serão gerados pelas obras do PAC.
Dentre os setores econômicos que serão atendidos pelo Plano Setorial de Qualificação (Planseq), a construção civil é prioridade. Para tanto, a Comissão de Concertação Nacional - eleita em audiência pública para analisar sugestões e definir o projeto final que será encaminhado ao MTE - ainda está recebendo demandas dos estados. É nesse contexto que o projeto da secretária Benedita da Silva ajudará na concepção do programa. Importante ressaltar que o Plano Setorial de Qualificação entrará em vigor durante o ano de 2008.
Construção civil - Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo MTE, a construção civil foi o setor da economia que apresentou maior taxa de crescimento no ano passado. Com saldo recorde de 176.755 empregos gerados, o setor respondeu por uma expansão de 13,08% no total de novos trabalhadores com carteira assinada em 2007, ou seja, mais do que o dobro dos índices alcançados pelo Comércio (6,5%), Indústria de Transformação (6,1%) e Serviços (5,3%). Importante ressaltar que tal valor ficou acima da média de crescimento de vagas formais em todo o Brasil (5,85%).
Em um balanço entre as capitais brasileiras, São Paulo foi a que obteve maior destaque, com o total de 65.926 contratações. Logo depois aparecem Minas Gerais (20.699), Rio de Janeiro (13.234) e Bahia, com 9.9499 novos postos formais.
De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais de 2006, no setor da construção civil, o salário médio das mulheres com maior escolaridade é maior do que os homens no mesmo nível. Entretanto, em termos de número de postos, a participação das mulheres, neste setor é pouco significativa: 7,11%.
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